A Câmara Federal, na mais perfeita tradução do patrimonialismo político nacional, modificou, ontem (14), substancialmente o projeto de lei, já aprovado no Senado, que poderia ser o início de uma mudança, para melhor, na gestão das estatais. O projeto do Senado visava, pelo menos, diminuir o aparelhamento político nas estatais, coisa que chegou aos píncaros com o PT, mas que todo partido que chega, ou se aprochega, ao poder faz, que é nomear seus próceres ou parecidos para todos os cargos possíveis dentro da estrutura orgânica da empresa, fazendo com o que o aparelhamento sirva aos interesses partidários e não às exigências empresariais. O projeto de lei, aprovado no Senado, escrevia que dirigentes partidários e sindicais e pessoas que, nos últimos 36 meses, participaram de atividades político-partidárias, de campanhas eleitorais e de organização sindical, não poderiam ocupar cargos de direção, presidência e nem de conselhos de administração das estatais. A Câmara Federal rejeitou essa