A mente humana não se programou para entender o conceito de eternidade: no máximo arrisca definições anódinas ao substantivo. A eternidade se confunde com o conceito divino e Deus não é uma grandeza mensurável, apenas, e tudo isto: o doce mistério da fé. Como temos dificuldades com a imensurabilidade, procuramos colocar um início, um meio e um fim em tudo. Se o mundo teve um início, no silogismo retro mencionado terá um meio e um fim: pronto, assim fica melhor a nossa vã neurologia. Aí, entram em cena as profecias do fim do mundo, erigidas pelos profetas do Apocalipse. Quando eu era criança, pelo menos por umas duas vezes esperei o fim do mundo com aquela angústia de ainda não entender direito o que aquilo significaria. No século passado vaticinou-se que o mundo acabaria em 2000, mas, eis que chegou o século 21 e a Terra continuou no eixo. Para que se continue tendo um fim, foi-se buscar em uma civilização pré-colombiana, os maias, a data do novo juízo final: 2012, que, como vo