Há excesso de cena no rebuliço causado pela “quebra do acordo de cavalheiros” por parte do CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte), quando este resolveu comprar 540 caminhões sem passar o cartão de crédito na concessionária local.
No CCBM não há “cavalheiros” e sim empresários encarregados de fazer uma obra com o menor custo para obter o maior lucro. O CCBM levará esta equação aos píncaros não importando o quanto a vaca vai tossir: eles acham que podem administrar expectorantes.
O governador do Pará não se deveria permitir arrancar um fio do bigode e postá-lo no Diário Oficial do Estado, em forma de redução do ICMS, em 7%, para incentivar o CCBM a comprar no Pará: deveria intuir que nas compras de grande monta as circunstâncias exógenas desprezariam o acordo no ralo.
O Estado pode, e deve, postar a registradora na porteira e cobrar no ato do ingresso o que lhe é devido de diferença de ICMS, sem se constituir em prejuízo fiscal se assim o fizer.
Se assim é, como, aliás, se fez no momento em que o governador tomou o bigode de volta e cancelou o incentivo, porque o Estado tem que se colocar a cobrar indébitos, se pode receber a sua parte à vista?
Sou contra este “acordo de cavalheiros” que em nada aproveita ao Pará, pois os “cavalheiros” do CCBM só o cumprirão no varejo, partindo ao largo na hora do atacado, por obliquidades que, na maior parte da métrica, não poderão ser traçadas pelas limitações locais.
O governo do Pará não se deveria submeter a estes humores: reserva de mercado não funciona quando existe mercado. Quem quiser, e puder vender ao CCBM que com ele se entenda nos preços e prazos. Ao fisco estadual cabe lavrar e receber, no ato, o que lhe pertence, sem renúncias percentuais.
Paremos de salamaleques, telecotecos e balacobacos: ao CCBM, simplesmente o Fisco com todas as suas pompas e circunstâncias, e não se fala mais nisto.
Não é de boa monta estressar o relacionamento com o CCBM por conta do que e de quem ele compra: de todo modo, o Estado tem como receber o que lhe cabe.
Ao invés disto, urge providenciar o cumprimento das condicionantes estabelecidas no licenciamento e apertar a torquês nas ações de mitigação dos impactos sociais previstos, ou o filme vai acabar e a audiência vai sair da sala sem entender o que o diretor quis dizer com os R$ 30 bilhões (eu acho que vai mais) despendidos na obra.
É isso, vamos deixar de ser ingenuos e acreditar que possíveis acordos serão cumpridos, afinal até hoje o governo federal não repassou a desoneração das exportações que contribuiram,e muito, para o Brasil ultrapassr a Inglaterra. E o pobre Pará continua chupando o dedo.
ResponderExcluirEsse papo de "acordo de cavalheiros" me cheira mais Patrocínio de campanha mesmo.
ResponderExcluirTá bom, nasci ontem.
O bacana é que monte de gente acha bacana essa noticia.
kkkkkkkkkkkk
Pará é cheio de gente burra ou ingênua???
Acordo ilegal, que não podia ser feito e nem tinha garantias que podia ser respeitado tão arrotando "masculinidade" to rindo até agora.
No capitalismo não existe assistencialismo,os neoliberais sabem muito bem a doutrina.Quanto ao Belo Monte, a minha esperança é apostada nos parlamentares paraenses para emparedar o governador nos interesses do Estado e não permitir que, o Estado do Pará seja um coitadinho na balança financeira, "sem cavalheirismo sem dó nem piedade" metam fichas nos lucros do CCBM.
ResponderExcluirHei Parsifal, esse acordo, Isenção como chamam não podia ter sido feito sem a aprovação do Confaz.
ResponderExcluirEsse é o memso governo que emprestou as antenas da Funtelpa e ainda pagou pra liberal usar.
kkkkk
Só macho de 5ª categoria.
kkkk
Povo bobo o nosso!
Deputado, não achas que a atitude do governo em aumentar a aliquota do ICMS pode ter sido um tiro no pé do governador, pois a priori pode conseguir alguma coisa com o consórcio Belo Monte, mas para outros investimentos no Estado vai ser empecilho, pois demonstra claramente que o Governador não tem palavra gerando desconfiança entre os investidores estrangeiros, ainda mais agora que a revista Veja fez aquela pesquisa que detonou as politicas do governador Simão Jatene.
ResponderExcluir17:21:00,
ResponderExcluirNa verdade o governador não aumentou a alíquota: apenas tornou sem efeito a diminuição dela, voltando ao que sempre foi, 17%.
Acho que ele jamais deveria ter feito o acordo, pois, tal acordo, longe de beneficiar o Pará, beneficiaria apenas as concessionárias locais, já que o Fisco pode cobrar na barreira o que lhe é devido de qualquer forma.
Que falta faz a oba q estava cobrando os cumprimentos das condicionantes. Cade o interventor?
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