Assim como ocorreu no Iraque, que viu parte do seu acervo histórico saqueado na guerra que apeou Saddam Hussein, a Líbia, na sola da deposição de Kadafi, é vítima de saqueadores das suas mais valiosas relíquias. Saquearam-se patrimônios da humanidade, que vão do Neolítico à Idade Moderna e, como os demais acervos do Oriente Médio, são parte da história das civilizações que grassaram naquelas plagas e as suas respectivas relações com o Império Romano, que, embora por um curto período, 461 a 465, teve o líbio Flavius Serpentius como imperador. No auge da batalha de Trípoli, enquanto os rebeldes se batiam com as forças de Kadafi, a Unesco, com voluntários e curadores de arte, fazia das tripas coração para proteger o acervo de um dos mais importantes museus do mundo, o Jamahiriya, que abriga tesouros da Idade Antiga, quando a Líbia era a principal concorrente pela hegemonia da região com o Egito, além de objetos fenícios e cartagineses. Há informações de que os maiores museus de Trípoli