Pular para o conteúdo principal

Contra-razões

shot002

Sobre  a postagem Fisco condena compras de Belo Monte fora do Pará, recebi o comentário abaixo, que merece ser avaliado pelos leitores:


“Deputado:
Li o manifesto e pergunto:

As aquisições devem atender condições comerciais e não de origem de fornecedor.

Se são direcionadas para outros estado é porque os fornecedores do Pará não estão oferecendo condições competitivas.

Acho louvável a gestão do Vice governador na integração entre os fornecedores paraenses e o consorcio, deveria se estender a FIEPA e a Associação Comercial.

Mas não é um mal feito como cita o Sindifisco em seu pronunciamento.

Aliás, o fisco paraense, não o sindicato, é um dos responsáveis pela falta de competitividade das empresas paraenses, pelos achaques que promove junto aos empreendedores.

Veja se tem alguma rede de varejo (supermercados) nacional, que consegue sobreviver aqui.”.


Comentários

  1. Quem compra:atendimento as especificidades da encomenda quanto ao preço, prazo para pagamento, qualidade do produto e prazo de entrega, comprará onde encontrar estas condições, o resto é firula.

    ResponderExcluir
  2. Prezado deputado,

    Agradeço-lhe, por oportuno, pela publicação da nota oficial do Sindifisco e Asfepa em seu prestigiado blog.

    Acerca da manifestação do internauta, merecidamente alçada à ribalta do blog, cumpre-me observar o seguinte:

    1. Não pretendemos negar o direito - constitucional, aliás - de as empreiteiras de Belo Monte optarem pelas transações que lhe pareçam comercialmente mais vantajosas. Mas não temos dúvida de que algumas transações feitas pelas empreiteiras, como a compra de maquinário, por exemplo (as maiores compras, aliás), faturada fora do Pará, quando, pelo mesmo preço, poderiam ser faturadas no Pará, junto ao concessionário do mesmo fabricante, instalado no Pará, são um malfeito ao Pará;

    2. Que me perdoe o internauta, mas isto nada tem a ver com a assertiva de que "...os fornecedores do Pará não estão oferecendo condições competitivas.". Aliás, não consta que algum potencial fornecedor paraense tenha sido consultado ou procurado pelas empreiteiras, a fim de que fosse possível conhecer as tais condições competitivas. As compras foram feitas lá fora, e pronto!

    3. Quanto à alegação do internauta de que a falta de competitividade das empresas paraenses deve-se aos "achaques" promovidos pelo fisco, penso que todos precisamos discutir de forma mais consequente, responsável e transparente o tema da corrupção e da sonegação, evitando generalizações e simplificações, por injustas;

    3. O Sindifisco tem, reiteradas e insistentes vezes, defendido um Fisco de Estado, mais ético e cidadão, o que passa pelo combate à corrupção e à sonegação, na raiz, atacando-se as causas, que estão associadas à submissão do interesse público ao interesse privado;

    4. O combate à sonegação, à corrupção e a toda forma de malversação da coisa pública não se dá de cima pra baixo, mas a partir do controle social, da mobilização e do engajamento da sociedade.

    Um cordial abraço,

    Charles Alcantara

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.