Sobre a postagem Fisco condena compras de Belo Monte fora do Pará, recebi o comentário abaixo, que merece ser avaliado pelos leitores:
“Deputado:
Li o manifesto e pergunto:
As aquisições devem atender condições comerciais e não de origem de fornecedor.
Se são direcionadas para outros estado é porque os fornecedores do Pará não estão oferecendo condições competitivas.
Acho louvável a gestão do Vice governador na integração entre os fornecedores paraenses e o consorcio, deveria se estender a FIEPA e a Associação Comercial.
Mas não é um mal feito como cita o Sindifisco em seu pronunciamento.
Aliás, o fisco paraense, não o sindicato, é um dos responsáveis pela falta de competitividade das empresas paraenses, pelos achaques que promove junto aos empreendedores.
Veja se tem alguma rede de varejo (supermercados) nacional, que consegue sobreviver aqui.”.
Quem compra:atendimento as especificidades da encomenda quanto ao preço, prazo para pagamento, qualidade do produto e prazo de entrega, comprará onde encontrar estas condições, o resto é firula.
ResponderExcluirPrezado deputado,
ResponderExcluirAgradeço-lhe, por oportuno, pela publicação da nota oficial do Sindifisco e Asfepa em seu prestigiado blog.
Acerca da manifestação do internauta, merecidamente alçada à ribalta do blog, cumpre-me observar o seguinte:
1. Não pretendemos negar o direito - constitucional, aliás - de as empreiteiras de Belo Monte optarem pelas transações que lhe pareçam comercialmente mais vantajosas. Mas não temos dúvida de que algumas transações feitas pelas empreiteiras, como a compra de maquinário, por exemplo (as maiores compras, aliás), faturada fora do Pará, quando, pelo mesmo preço, poderiam ser faturadas no Pará, junto ao concessionário do mesmo fabricante, instalado no Pará, são um malfeito ao Pará;
2. Que me perdoe o internauta, mas isto nada tem a ver com a assertiva de que "...os fornecedores do Pará não estão oferecendo condições competitivas.". Aliás, não consta que algum potencial fornecedor paraense tenha sido consultado ou procurado pelas empreiteiras, a fim de que fosse possível conhecer as tais condições competitivas. As compras foram feitas lá fora, e pronto!
3. Quanto à alegação do internauta de que a falta de competitividade das empresas paraenses deve-se aos "achaques" promovidos pelo fisco, penso que todos precisamos discutir de forma mais consequente, responsável e transparente o tema da corrupção e da sonegação, evitando generalizações e simplificações, por injustas;
3. O Sindifisco tem, reiteradas e insistentes vezes, defendido um Fisco de Estado, mais ético e cidadão, o que passa pelo combate à corrupção e à sonegação, na raiz, atacando-se as causas, que estão associadas à submissão do interesse público ao interesse privado;
4. O combate à sonegação, à corrupção e a toda forma de malversação da coisa pública não se dá de cima pra baixo, mas a partir do controle social, da mobilização e do engajamento da sociedade.
Um cordial abraço,
Charles Alcantara