Os ditadores orientais, para agradar o Ocidente, davam guarida às comunidades cristãs, uma minoria no mar do Islã.
Com a derrocada das ditaduras no Iraque, Tunísia, Egito e Líbia, o braço político do islamismo, mais concentrado na “Irmandade Muçulmana”, ganha espaço e a nova ordem não está interessada em proteger a comunidade cristã.
Observando este movimento, os cristão da Síria regam suporte a Bashar al-Assad, temendo que na sua queda a “Irmandade Muçulmana” estenda seus domínios a Damasco e reduza os coptas do país a guetos.
Christophe Ayad, jornalista do Le Monde, publicou um artigo sobre a situação dos cristãos no Iraque: eles sequer puderam festejar o Natal este ano, com medo de represálias, pois o período coincide com o luto da comunidade xiita pela morte do Imã Hussein, que foi o mais venerado dos religiosos iraquianos atuais.
Os cristãos de Bagdá, narra Ayad, ainda amargam a tragédia que lhes abateu em outubro de 2010, quando a igreja Sayedat al-Najat (Nossa Senhora do Perpétuo Socorro), foi invadida pelos jihadistas do Exército Islâmico: na profanação do templo, 46 fiéis e dois padres morreram e 60 pessoas ficaram feridas.
Atentado igual ocorreu em Alexandria, no Egito, onde um carro bomba foi explodido em frente à Igreja dos Santos, matando vários fiéis que congregavam.
A pressão sobre a comunidade cristã repete-se nos demais países cujos ditadores caíram, mas, já que estas incipientes repúblicas se querem democráticas, não poderiam permitir perseguição religiosa.
Afirma Ayad que há um pano de fundo no fato: interesses de máfias imobiliárias instaladas nos escaninhos do poder muçulmano. Os cristãos, assim como tinham os judeus na Alemanha nazista, têm considerável patrimônio imobiliário nos diversos países do Médio Oriente, e a “irmandade” lhes quer fora deles, ou seja, além da forma islâmica pura de submeter todos à Sharia, há um conteúdo patrimonial na intolerância.
O Vaticano se tem quedado silente diante do que ocorre. A própria imprensa ocidental não tem pautado o assunto (o primeiro artigo que vi sobre o tema foi este do Le Monde).
Faz-se necessária uma reação organizada do Ocidente a esta atitude, ou acabaremos por presenciar, desta vez contra os cristãos, uma espécie de holocausto homeopático.
Foto: Mohammed Abed/AFP
Quando os franceses quiseram impor contra os mulçumanos da frança algumas alterações em seus hábitos e costumes, o mundo quase veio abaixo, e olha que eles vivem em um país estranho. Agora, o mundo não move um dedo pela perseguição a igreja de Cristo. Parece que Cristo não dá ibope, enquanto Maomé é pule de dez.
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