A Câmara Federal, na mais perfeita tradução do patrimonialismo político nacional, modificou, ontem (14), substancialmente o projeto de lei, já aprovado no Senado, que poderia ser o início de uma mudança, para melhor, na gestão das estatais.
O projeto do Senado visava, pelo menos, diminuir o aparelhamento político nas estatais, coisa que chegou aos píncaros com o PT, mas que todo partido que chega, ou se aprochega, ao poder faz, que é nomear seus próceres ou parecidos para todos os cargos possíveis dentro da estrutura orgânica da empresa, fazendo com o que o aparelhamento sirva aos interesses partidários e não às exigências empresariais.
O projeto de lei, aprovado no Senado, escrevia que dirigentes partidários e sindicais e pessoas que, nos últimos 36 meses, participaram de atividades político-partidárias, de campanhas eleitorais e de organização sindical, não poderiam ocupar cargos de direção, presidência e nem de conselhos de administração das estatais.
A Câmara Federal rejeitou essa parte do texto, consentindo que tudo continue como dantes na casa da mãe Joana.
Eu mesmo, por exemplo, pelo texto aprovado no Senado, não poderia continuar a fazer parte da diretoria de uma estatal que hoje ocupo, mas apoiava integralmente o projeto, pois o que nele se lia era um importantíssimo avanço pontual de uma reforma administrativa que é prometida desde o ano passado para o ano que vem.
Eu sempre digo que político não vem de outro planeta, são daqui mesmo, saídos do seio da sociedade e ela representam em todas os seus defeitos, já que a política é nivelada por baixo. Mas atitudes como essa, da Câmara Federal, destituem-me a fala, sendo possível intuir que esse pessoal veio de outra galáxia e não sabe ler o que está em toda a imprensa, que não deixa de ser consequência do aparelhamento partidário da República.
O ex-deputado, agora presidente está na máxima do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, ou então está adaptado ao 'sistema'.
ResponderExcluirV. Senhoria é um exemplo perfeito de tal aparelhamento da máquina pública. Pois assumiu uma companhia estatal sem o mínimo conhecimento técnico para tal. Assumiu apenas para aparelhar o naco que cabe a familia Barbalho na engrenagem do tomá lá da cá da politicagem antiguada que acabou com Brasil.
ResponderExcluirViu como a lei teria que ser aprovada como estava?
ExcluirCom tal assertiva V.Senhoria é a personificação da frase: "faça o que digo, não faça o que eu faço"... Se prestou a fazer o que julga ser errado.
ExcluirEu, você e todo ser humano, cometemos erros todos os dias, mesmo sabendo que está errado. Por isso as condutas institucionais têm que ser reguladas para tipificar as irregularidades. Enquanto isso não for ilegal, todos farão. Mas creio que o Senado voltará o texto ao original e quando a lei for sancionada, eu e todos que não se enquadrem estarão fora e o Brasil faz mais um tento. Se não, mesmo eu saindo, outro, de outro partido, ou do mesmo, ocupará a vaga. Isso não deve ser lido como algo pessoal, como você está fazendo, e sim como uma tese institucional que deveria ser tornada efetiva através de lei.
ExcluirPor gentileza não julgue as pessoas pela sua régua... Acredito muitas, mais muitas pessoas mesmo têm caráter e não se prestariam a servir de aparelho para esquemas escusos do tomá lá da cá. Não queira de incluir na regra geral. Pois essa sua atitude é excessão e não regra.
ExcluirNão estamos falando de réguas, regras ou execuções:estamos falando de política, erros e seres humanos.
Excluir"mas apoiava integralmente o projeto". Excelência, deixe de falácia, se V.Exa. "apoiava" realmente esse projeto, não tem porque continuar mamando nas tetas governamentais. Peça pra sair - nesse caso - é simples assim.
ResponderExcluirMas como V.Exa esta mais agarrado aí do que idosa numa moto ( até porque, ficará desempregado ), isso não passa de falácia...
Só tem um jeito pra você, e nem eu, ver esse tipo de aparelhamento: uma lei tipificando a conduta como irregular. Fora isso, vou continuar sendo um dos aparelhos, mesmo desejando a legislação.
ExcluirRidículo essa sua postura em dizer que só deixará de fazer parte do aparelhamento estatal quando tiver lei que assim determine. Poi eu lhe afirmo mesmo com lei isso nao resolve, eis eexemplos: existe lei contra caixa dois; existe lei contra propina; existe lei contra improbidade; existe lei contra desvio e corrupção. Te pergunto, resolveu?. Pensamentos atrasados como seu,que demonstra porquê o nosso Brasil tá no buraco. Quantos Parsifais devem ter, Brasil à fora, aboletados na máquina pública, apenas com único intuito: aparelhar o estado em favor de um pequeno grupo em detrimento de alguém com capacidade técnica que poderia servir com eficiência a coletividade.
ExcluirViu como eu tenho razão e a lei tem que tipificar como irregular o aparelhamento estatal? Sem isso, pessoas com o pensamento atrasado como o meu, continuarão existindo.
ExcluirTu não respondetes a minha pergunta, sobre leis que já se existem. Será que essa sua proposta iria mesmo por limites em vocês, ou seria mais uma dentre as várias outras leis que o grupo di teu chefe não cumpre?
ExcluirLeis não impõem limites: demarcam-nos. Quem os ultrapassa deve arcar com as consequências, como, por exemplo, ocorre com a Lava Jato. Sem os pontos demarcatórios, não há o que cobrar, pois não há o que ultrapassar.
ExcluirÉ extremamente ilógico, irracional, contraproducente, eu defender que uma situação mude e continuar a fazê-la. V.exa pode e deve ( quem tem chefe...) agarrar-se nas hostes governamentais, mas ao menos, podia poupar seus leitores desse discurso esfarrapado.
ResponderExcluirSua inteligência vai muito além disso.
Não faça correspondência entre inteligência, lógica, prudência e racionalidade com política, sob pena de você achar tudo que a respeito seja, um discurso esfarrapado.
ExcluirSó remeta a Carville: é a política, estúpido.
Então, pela política fica tudo justificado? É esse seu pensamento? Ao menos, é o que eu entendi...
ResponderExcluirNão. Você entendeu errado. A política não justifica nada, ela apenas efetiva tudo. Eu já lhe disse, e não sou eu quem inventou isso, que a política não é referente à moral e sim à ética enquanto ética for código estabelecido, ou seja, lei que tipifica condutas. Apenas regulação pode controlar a política real.
ExcluirPresidente faça seu trabalho que por sinal e um dos melhores dentro desta cia não de ouvido prós recalques pois quem quer fazer algo encontra um meio é quem não quer encontra uma desculpa.tenha fé
ResponderExcluirFarei. Ou melhor, faremos. Obrigado.
ExcluirAté parece que no Brasil os políticos cumprem a lei. Tanto faz ter lei tipificando ou não o aparelhamento estatal, a mesma continuará existindo. Essa tua tese sobre leis tu devias recomendar a teu patrão, pois existem inúmeras que ele não cumpre.
ExcluirTente não levar a conversa para o rés do chão. Sempre que cometemos a mal educação de levar qualquer debate educado para o campo pessoal, a tendência é a mera esculhambação, campo no qual eu não entro, pois este blog se propõe a ser um debate de ideias e não um espaço de bate-boca.
ExcluirHá muitos políticos que não cumprem lei, há muitas pessoas que não cumprem lei. Mas isso não deve ser uma desculpe para não fazê-las, porque a lei não proíbe: ela apenas tipifica a conduta e comina a pena para quem age fora do tipificado como sendo a conduta apropriada.
Quando um político, ou qualquer pessoa, fere uma lei, o problema não é da política, mas da polícia ou da Justiça.
A lei é a mais inteligente e adequada forma de se viver em sociedade. Sem ela é a barbárie.