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A Ryanair não voará no Brasil porque “há muita corrupção”

Declan Ryan, capo da Ryanair, uma das maiores aéreas de baixo custo do mundo, com sede em Dublin, na Irlanda, declarou que começará a voar na Argentina em 2017.

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Ao ser perguntado, por uma jornalista argentina que o entrevistava, quando ele iria expandir as operações para o Brasil, a reposta foi um soco no nosso baço: “pretendo levar os serviços a toda a vizinhança da Argentina, menos ao Brasil, porque lá tem muita corrupção".

Devido a nossa famosa querela gentílica com los porteños, não sei se doeu mais sermos chamados de corruptos ou termos sido taxados de “vizinhança da Argentina”, quando é o contrário: a Argentina é que é vizinhança do Brasil (!).

A presença da Ryanair no Brasil seria um tiro no fígado das aéreas nacionais, que praticam tarifas, cuja composições de custos são tão cabalísticas, que chegam a cobrar por uma passagem Belém-São Paulo-Belém, mais caro do que, eventualmente, se pode comprar um trecho São Paulo-Dubai-São Paulo.

A tarifa básica média da Ryanair, na Europa, está na borda de US$ 50, quando o passageiro não tem direito a marcar assento e tem que fazer o checkin na internet. Para marcar assento, por exemplo, mais US$ 5 o que ainda faz o preço uma pechincha.

Um bilhete Dublin-Paris-Dublin, pela Ryanair custa 100 euros. O mesmo bilhete pela British Airways, por exemplo, custa 680 euros.

E não pensem que as aeronaves da Ryanair são velharias: exatamente para ser competitiva, a empresa tem uma das mais novas e uniformizadas frotas da Europa.

E no tempo do politicamente correto, a Ryanair se tornou conhecida pela sua propaganda politicamente incorreta. Abaixo, o calendário da empresa, do ano de 2014, distribuído nos voos.

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As “modelos” do calendário são, de fato, aeromoças da Ryanair. O Dunga só viaja nela quando está na Europa.

Comentários

  1. Caro Parsifal...porque ir tão longe ate São Paulo!!???UM trecho entre Altamira a Belém,hoje custa a bagatela de 1,600 Só a ida...

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