O delator está certíssimo.
A natureza etimológica de campanha eleitoral refere-se às campanhas militares, que são as operações armadas setorizadas das guerras de conquistas, de onde, idem, se originou o termo logística, que estrategicamente é um imperativo de guerra no qual a força armada tem que conquistar um determinado território a qualquer custo, ou seja, as receitas tendendo ao máximo são um dos elementos capitais para o evento, pois que não é possível, no curso da guerra, controlar as despesas ou as baixas.
Nas campanhas eleitorais, há ainda a particularidade de não ser possível estabelecer ordem unida, formando-se, portanto, vários comandos e estruturas de campanha que se diferenciam, mesmo dentro de um mesmo território, o que frustra quaisquer expectativas de despesas.
Outra particularidade: o que sai ao campo, da receita auferida, perde-se no caminho da logística em torno de 30% a 60%, via de regra. E há casos de exceção em que 100% é desviado do objetivo estabelecido, o que determina a previsão de um dos axiomas de uma campanha política: “se é necessário R$ 100 mil, em um determinada tempo, para conquistar um determinado território, destine à operação o dobro, para que a metade seja efetivamente empregada no objetivo”.
E o pior, mesmo com a prestação ao axioma, não é possível aquinhoar o sucesso da operação, pois a política não é uma ciência exata e sim uma complicadíssima e incerta equação de todas as variáveis envolvidas nas paixões humanas, e como em qualquer guerra, as campanhas não são repositórios de virtudes, mas exasperações de defeitos.
Por isso, sempre que um amigo, ou conhecido meu, manifesta desejo de entrar na política, eu retruco: certo perdeste o senso...
Esse blog é uma verdadeira micose de virilha, a gente adora ficar coçando, embora saiba que vai ferir em algum momento. O autor do blog já deve estar com a micose batendo no joelho.
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