Escrevi, na postagem acima , que por trás da desculpa de financiar a saúde com a recriação da CPMF, o governo pretendia cobrir um déficit de R$ 80 bilhões no orçamento de 2016 e que, diante da desistência da empreitada, o honesto seria enviar ao Congresso a proposta orçamentária com a previsão do déficit referido. Para minha surpresa, o governo resolveu enviar hoje (31), ao Congresso, a proposta orçamentária com a previsão de um déficit de R$ 89 bilhões, o que pode ser o início de uma conversa adulta com a população e com o Congresso, dando transparência fiscal à peça. É primeira vez que eu discordo do ministro da Fazenda , Joaquim Levy, que era contrário a uma peça orçamentária com previsão de déficit, confiando que uma reação econômica no decorrer de 2016 tinja de azul o vermelho com qual começará o ano e temendo que as agências de risco rebaixem a avaliação da economia brasileira, retirando-nos o “grau de investimento”. Se a economia reagir realinha-se o orçamento, mas o corre...