A imprensa lavrou manchetes garrafais, no final da tarde de hoje (14), que havia tido acesso a um grampo telefônico, autorizado pela Justiça Federal, no qual conversavam o executivo da Odebrecht Alexandrino de Salles Alencar e o ex-presidente Lula.
O Estadão estampou:
“Grampo da PF mostra telefonema de Lula para executivo da Odebrecht”
Alexandrino foi preso na Operação Erga Omnes, juntamente com o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
As manchetes supõem que o grampo revela uma bomba e todos correm para ler a transcrição. Mas a decepção é enorme ao final da leitura, ao constatarem que a conversa se limita a Alexandrino elogiar a performance do chefe dele, Marcelo Odebrecht, no seminário promovido pelo Valor Econômico, intitulado “Uma agenda para Dinamizar a Exportação de Serviços”, e Lula resmungar “aham”, ou seja, pura água oxigenada: só espuma.
Abaixo a transcrição:
As matérias parecem aqueles filmes nos quais o trailer é melhor. No caso, a manchete é melhor.
Parsifal;
ResponderExcluir'O Vórtex das Lamúrias'
É a imprensa golpista em ação. Hoje tive de dar mais uma (das numerosas e inúteis) explicação, defendendo a presidenta Dilma das acusações de um motorista de táxi 'revoltadíssimo' que a acusava de ser responsável pela precariedade das escolas de ensino médio (portanto estaduais) no Pará.
Em respeito àquilo que considero ser o motivo principal do descontrole emocional do dito taxista, embora ele não tenha declarado durante a ebulição das críticas (e que também pertence a esfera estadual - onde foram consumidas todas as verbas federais vindas do SUS em generosos aditamentos de contrato com construtoras), achei melhor ir escapando do assunto, até porque pretendia lhe pedir um desconto pela corrida.
Vejo pessoas nas ruas reclamando de tudo - desde a falta de saneamento básico até a falência dos prontos socorros - e botando a culpa na Dilma. Tudo de errado neste país, de uma hora para outra virou problema da Dilma. Ao final da corrida, ainda fui brindado com uma contradição: o motorista orgulhosamente disse: 'domingo vou bater uma panela de aço inox no panelao' (aliás ele não trocou só as panelas, mas de carro e de casa também).
Bati o último prego na Dilma crucificada e ganhei dele um sorriso, junto com um descontão. Que eu tanto queria.
Nesse diálogo ele não se incrimina, realmente, mas mostra uma estratégia de defesa das viagens "lobísticas" do ex-Presidente. O pior é que essa estratégia envolve o Governo, com um técnico do Ministério das Relações Exteriores. Será que isso é normal? Não esqueçamos que o Itamaraty alterou o critério de sigilo dos documentos que envolviam essa relação "lobística".
ResponderExcluirEngraçado é ler o Jader Barbalho dizer que apoio o Governo pensando no Brasil. Esse senhor nunca pensou no Pará.
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