Foram protocoladas às 13h desta quinta-feira (20), no STF, as denúncias contra o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara Federal, e o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL).
Nas denúncias, oferecidas pelo procurador-geral geral da República, Rodrigo Janot, Cunha e Collor são acusados de “recebimento de propinas referente a contratos da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato”.
Pesa contra Cunha a delação premiada de Julio Camargo, da Toyo Setal, que afirmou lhe ter entregue US$ 5 milhões para facilitar a contratação de navios-plataforma da Petrobras pela sul-coreana Samsung Heavy Industries.
Collor, por sua vez, teria recebido R$ 26 milhões em propinas entre 2010 e 2014, para favorecer contratos com a BR Distribuidora.
Embora o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tenha pedido ao STF a investigação de 22 deputados federais, 12 senadores, 12 ex-deputados e uma ex-governadora, e sejam esperadas mais denúncias saídas da sua lista, o fato de ter priorizado as denúncias contra Cunha e Collor é lido como eventual retaliação pela forte oposição que vem sofrendo por parte dos dois, desde que pediu as investigações ao STF.
Circula em Brasília, nas grandes e pequenas bocas, que Janot teria feito acordo com o governo e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que consistiria na sua rápida recondução à PGR e em contrapartida a denúncia contra Renan Calheiros seria postergada para um momento em que o governo gozasse de relativa bonança no Congresso.
Não creio em tal acordo. O que há, de fato, na escolha dos dois para inaugurar a leva, é mesmo uma resposta pessoal de Janot às provocações que tem recebido deles.
Na eleicao passada, a origem do dinheiro da campanha do Jatene todos sabem, mas a do Helder Barbalho não. Ajuda aí Parsifal.
ResponderExcluir