Pular para o conteúdo principal

Tentativa de retornar a CPMF é mais problema que o governo causa a si mesmo

Screen 001

Por alguns dias achei que o governo teria, finalmente, aceitado que há uma grave crise política no país, com reflexos econômicas também graves, que precisa, de pronto, ser mitigada nas duas vertentes.

Pelo visto, inobstante, foi só um soluço a constatação, pois o Planalto voltou a ser acometido de câimbra mental ao declarar a intenção de recriar a CPMF, sem sequer perguntar aos líderes do Congresso se haveria clima para, pelo menos, conversar sobre a empreitada.

Em tempos de crise, como a que o Brasil vive, governos cortam gastos enxugando despesas. Criação de impostos ou taxas são medidas para serem tomadas em condições minimamente regulares de governabilidade, o que o Planalto não goza eventualmente.

O valor que poderia ser arrecadado pela CPMF, que dificilmente vicejará nessa tentativa autista de semeá-la novamente, poderia ser conseguido com uma reforma administrativa séria e não com meras relocações de ministérios menores para dentro de pastas maiores, que vão manter a mesma estrutura orgânica, pois isso é uma emenda cosmética que manterá o soneto do mesmo tamanho.

Qualquer estrutura governamental no Brasil pode ser cortada pela metade e, bem administrada, render o dobro, desde que o consequente desmonte das bases de decisão saia de Brasília, que se deveria conter a estabelecer metas e métodos, fiscalizar a execução e cobrar os resultados. 

Volto a repetir: alguém precisa ajudar o governo a se salvar de si mesmo.

Comentários

  1. Nessa administração, estupidez não tem limites. A exemplo do adiantamento de 13º salário a pensionistas e aposentados, criaram um problema desnecessário. Sabem que não tem como aprovar a volta da CPMF e jogam essa ideia criando mais desgaste ao Governo. Indo além do que disse Nelson Rodrigues, os idiotas não perderam apenas a modéstia, mas o bom senso.

    ResponderExcluir
  2. Esse pessoal se esclerosou de poder. Infelizmente vamos ser vítimas dessa multipla esclerose. É absolutamente necessário a eclosão de inteligências arejadas que possam pegar o timão e conduzir a nau brasileira a saída desse pantano. Ou vamos sofrer muito e sem remédio por mais 03 anos.

    ResponderExcluir
  3. A melhor receita: Presidenta Dilma , peça sair enquanto é tempo. O Brasil ficará eternamente grato.

    ResponderExcluir
  4. Ta me lembrando o governo da ana julia carepa - Não faz o que sabe e não sabe o que faz-

    ResponderExcluir
  5. não gosto do termo reforma, reforma é um pacote ou um saco de conteúdo desconhecido.
    quem está na presidencia deve fazer as coisas funcionarem, demitir corruptos depois dos processos respectivos, conseguir motivar todo o corpo funcional. Se o dnit funcionasse bem, muito coisa estaria melhor no país. Como fazer isso? é preciso vontade politica e ser eficiente. Corruptos contra os quais as provas não são suficientes para demissão, se não mostrarem disposição para exercer um bom trabalho deveriam ser transferidos para lugares que não desejam, para conseguir a sua demissão. O dnit deveria ter um departamento de pesquisas em algum lugar com bastante malaria, como ariquemes, ou outros lugares que sejam indesejaveis para os encastelados de brasilia que sejam refratarios.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder...

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.