O ministro do STF, Teori Zavascki, era um magistrado por excelência: competente juridicamente, discreto, só se manifestava nos autos e não era afeito aos holofotes que mundiam grande parte dos vaidosos. O STF perdeu um ótimo juiz. Os adjetivos e substantivos que se dirigem à memória do falecido ministro, inobstante, devem ser creditados tão somente à tragicidade da sua morte, quando a carpidura exacerba a expressão. Teori Zavascki não foi um herói, não é verdade que sem ele não existiria a Lava Jato, assim como qualquer um dos demais ministros do STF pode ser designado relator do caso, sem nenhum prejuízo dos processos em andamento, a não ser o eventual atraso nos procedimentos, o que é absolutamente normal, até que o novo relator e sua equipe, que, por prudência, deve ser a mesma que assessorava o finado na empreitada, se assenhore dos autos. A religião nacional Lava Jato, portanto, não está em perigo e não há nenhuma conspiração demoníaca para incinerá-la, a não ser aquela que é nor