Johannes Georg Faust, que viveu na Alemanha na Baixa Idade Média, foi o homem por trás da popular lenda alemã de Fausto, que fez pacto com o diabo (Mefistófeles), entregando-lhe a alma por fama e sucesso, daí “fausto” se ter tornado significado de pujança e riqueza. A lenda saiu das fronteiras alemãs depois que Goethe romantizou-a com o romance, Fausto. O dramaturgo inglês Christopher Marlowe, na puberdade da Idade Moderna, transformou o livro de Goethe em peça teatral, mostrando um Fausto dividido entre as restrições da religiosidade medieval e o viés humanista do renascimento. Até hoje dezenas de autores fazem as suas releituras de Fausto. Até eu, um reles apátrida que não é escriba, saduceu, nem fariseu, ousei ensaiar um Fausto para um concurso de contos, ao qual dei o título de “ O Suave Sorriso do Demônio ”. Pinço uma das centenas de variações do mito faustiano para sustentar a maledicência que cometerei, a posteriori , com o escritor que intitula essa postagem. > O Julgamen