A primeira vítima da não aprovação pelo Congresso Nacional da Medida Provisória que regulamentava a aviação regional no Brasil foi a Embraer.
O capo da Azul, David Neeleman, que idealizou a aérea com foco regional e o maior comprador dos jatos da Embraer no Brasil, deu de ombros à nacional e fechou pedido firme de 35 A320neo, a nova geração do jato de um corredor da Airbus, que substituirá o A320.
Além disso, arrendou 28 A320 de duas operadoras de leasing, a AerCap e a Gecas, e decidiu entrar com tudo na aviação de alta densidade, competindo, manu a manu, com as duas maiores do Brasil, a TAM e a GOL, a partir de 2016, quando a Airbus e as empresas de leasing começarão a entregar as encomendas.
Ótimo, pois teremos a Azul, que já detém 16,7% do mercado de passageiros, oferecendo mais assentos nos percursos nacionais, mas o mercado regional, pouquíssimo atendido no Brasil, mormente na Amazônia, continuará se ressentindo de alternativas aéreas e pagando preços exorbitantes pelas poucas que existem.
O Brasil precisa entender que transporte, antes de oportunidade de mercado, tem que ser sujeito de política estratégica de desenvolvimento. Quando o Congresso Nacional rejeitou uma Medida Provisória que pretendia alavancar a aviação regional e a desprezou no lixo sem uma alternativa consequente, manteve, no quesito, milhões de brasileiros ilhados em diversos municípios onde o mercado não tem o menor interesse de estar.
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