A Samsung Heavy Industries, o braço pesado da Samsung Eletronics, está concluindo a maior estrutura flutuante já feita pela espécie humana.
É o Prelude, o maior navio do mundo. Tecnicamente, o Prelude não é um navio, pois não tem propulsão própria, mas essa discussão é irrelevante frente ao seu gigantismo.
O Prelude tem 448 metros de comprimento (quase meio quilômetro), 105 metros de altura (o equivalente a um prédio de 35 andares) e 74 metros de largura (um campo oficial de futebol tem 75 metros de largura).
Para erigi-lo consumiram-se 300 mil toneladas de aço e, muito provavelmente, a maior parte transformado a partir do ferro in natura extraído das minas de Carajás, pois a China foi a fornecedora.
Para se ter uma ideia da área do Prelude, imaginem-se 5 campos oficiais de futebol emendados pelo comprimento.
A ousadia foi encomendada, a um custo de R$ 31,2 bilhões (o que o Brasil paga pela construção de Belo Monte), pela anglo-holandesa Shell e será a primeira planta flutuante de extração e processamento de gás natural depositado sob o solo oceânico.
Quando o Prelude começar a operar (2016), o gás extraído e processado por ano (3,5 milhões de toneladas) será suficiente para abastecer com energia uma cidade de 9 milhões de habitantes pelo mesmo período.
A primeira base de extração do Prelude será na Península Dampier, a 52 km da costa da Austrália, onde a planta ficará por 25 anos.
Como eu sou aficionado por essas gigantescas estruturas, e tenho certeza que a corrida espacial é a última fronteira de exploração mineral, com espaçonaves dez vezes maiores que o Prelude sendo construídas na Lua (baixa gravidade e, claro, muito minério), para de lá singrarem o espaço, e como eu não verei estes vasos siderais, vou me dar por satisfeito admirando o Prelude, em janeiro de 2015, no estaleiro da Samsung, na Ilha de Geoje, na Coreia do Sul.
O fotógrafo Stephen Mallon, da New York Times Magazine, do alto de um guindaste, tomou mais de mil fotos da área externa do Prelude e as uniu em uma panorâmica que você pode ver aqui.
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as naves...eterno desafio para o homem...alteram verdades...
ResponderExcluirPoderiam encomendar um desses para ser adaptado como penitenciária flutuante, com ancoras jogadas na área da fossa das Ilhas Marianas, localizada no Oceano Pacífico. Tal penitenciária serviria de "hotel" paras os corruptos da America Latina. O custo equivalente a R$ 31,2 bilhões seria pago com o dinheiro desviado na Petrobras, atualmente mais conhecida como Cleptobras.
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