O jornalista Guilherme Augusto, reportou em sua coluna de domingo (23), no Diário do Pará, a fala de um leitor que se referia ao Terminal Rodoviário de Belém que, segundo Augusto, está entregue às baratas, ou melhor, aos ratos.
Disse o leitor:
“Ao esperar um ônibus para viajar, eis que fui intimado por um quantitativo expressivo de ratos que passeiam livres e gordos por todo o pátio de embarque”.
Portanto, nesses tempos de operações federais, não me venham com essa coisa de dizer que a política está cheia de ratos: eles se mudaram para o Terminal Rodoviário de Belém, e como disse o leitor, estão muito bem alimentados por lá.
Parsifal é claro que a CPI chega fácil no governo. Afinal como explicar que em mais de cinco anos nada foi feito com relação ao extermínio de pessoas da periferia belenense. Todos sabem, todos sabiam, encontrar os documentos oficiais que tratam do assunto não será fácil, mas se até os jornais dos Maioranas declaravam abertamente a atuação das milícias?! Muita coisa podre por trás disso. No governo federal o petrolao, no estado o miliciao. Em ambos vista grossa da política.
ResponderExcluirEis a razão do governo não desejar que ela se instale e, ao se instalar, controlá-la.
ExcluirMas CPIs precisam ter fato determinado e o fato determinado da CPI das Milícias é investigar se elas existem ou não (claro que sim: não precisa de CPI para isso) e tudo termina por aí.
Noites nas calçadas:
ResponderExcluirMais um artigo publicado pelo Diário do Pará na edição de hoje retoma o assunto das madrugadas de espera nas calçadas por parte dos usuários do SUS - o Sistema Único de Saúde - que procuram consultas médicas simples e especializadas nos postos de atendimento da rede básica da capital, no caso a UBS Pedreira.
Embora pareça, a Unidade Básica de Saúde da Pedreira não é um bom exemplo, primeiro por não ser municipal (a quem cabe este tipo de atendimento) e sim estadual; e diferente das demais unidades de atenção básica da SESPA que foram transferidas para a prefeitura de Belém há mais de 11 anos, vem funcionando todos esses anos como uma espécie de "unidade-em-processo-de-municipalização-ou-de-transformação-em-unidade-de-referência-ou-de-incorporação-por-outro-órgão-estadual".
Esta longa indefinição criou uma situação em que o governo do estado acabou se desonerando de parte de suas responsabilidades para com este "ente público sem destino certo", e assim a UBS Pedreira administrativamente foi colocada no limbo da saúde pública estadual, onde é possível "ser e não ser" ao mesmo tempo.
Os servidores da Pedreira prestam serviços que são da competência da saúde pública municipal - porém nunca foram oficialmente municipalizados e naturalmente estão de fora da folha de pagamento da "AMAT" (gratificação de produção do município de Belém); e embora continuem subordinados à SESPA, nunca receberam a "GDI" (gratificação de produção do estado), constituindo um caso especial.
O caminho que liga o discurso político à realização de tudo aquilo que foi prometido passa por uma gestão minimamente sensível ao racional. Como conseguir montar quadros de médicos clínicos e especialistas para suprir as demandas das unidades de saúde da periferia se estas permanecem atoladas em indefinições administrativas e não pagam gratificações previstas em lei cuja finalidade foi exatamente estimular a funcionalidade do órgão?