O juiz federal Sergio Moro, a pedido da PF, decidiu ontem (18) converter em prisão preventiva a prisão temporária do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e de mais cinco suspeitos .
Os cinco que continuarão reclusos foram escolhidos a dedo:
1. Ricardo Ribeiro Pessoa (presidente da UTC)
2. José Aldemário Pinheiro Filho (presidente da OAS)
3. Mateus Coutinho de Sá Oliveira (funcionário da OAS, em São Paulo)
4. João Ricardo Auler (presidente do Conselho de Administração da Camargo Côrrea)
5. Dalton Santos Avancini (presidente da Camargo Côrrea)
Isso significa que os seis, que deveriam ser postos em liberdade ontem, não mais terão prazo para se livrarem soltos.
> Pressão psicológica
A conversão, sem aparente motivo que ameace as investigações, é tática policial de persuasão: como foram recolhidos em prisão temporária, tinham a expectativa de sair ontem e por isso se quedaram silentes.
Com a conversão em prisão preventiva e sem horizonte de liberdade, há uma possibilidade de, na ansiedade do claustro, os capi resolverem colaborar.
Há ainda a possibilidade de a PF ganhar tempo para conseguir outras delações e adiantar o acordo de leniência do grupo Setal, já em andamento, tornando, em vista das declarações que possam surgir, inviável para a defesa dos empresários encarcerados, insistir com a mudez.
> Fernando Baiano se entrega
Entrementes, o foragido Fernando Soares, vulgo Fernando Baiano, havido como lobista do PMDB no esquema, entregou-se na boca da noite de ontem (18), em Curitiba e, embora, segundo o seu advogado, Baiano já viesse colaborando com as investigações, a pressão sobre ele para assinar delação premiada será pesada.
Dentre os alvos da operação Juízo Final, apenas um continua foragido: Adarico Negromonte Filho, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte.
E agora José....?
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