Como do afogado o chapéu é lucro, às voltas com o seu nome envolvido nas investigações da Lava Jato – ele ainda culpa o Planalto por isso – e perdendo o protagonismo do Congresso para o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que lhe tomou o Ministério do Turismo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), resolveu, também, chutar a canela da presidente da República que, nesse momento, virou marisco entre o mar e o rochedo dessa espécie de neue parlamentarismus tupiniquim. Não citando diretamente a presidente, Calheiros, que nunca foi homem de bater de frente com ninguém, acusou hoje (30) o PT de “ aparelhar o Estado ” e não deixou de virar a alça de mira ao próprio PMDB, disparando rumo ao vice-presidente Michel Temer, que ao assumir a coordenação política do governo, teve como um dos primeiros atos reforçar a posição de Cunha, em detrimento de Calheiros. Ao resolver tirar o Ministério do Turismo de Renan e dá-lo a Cunha, Michel achava que acalmaria esse, mas o que fez foi zang