Pular para o conteúdo principal

Desculpa de amarelão é comer barro

Shot 007

Em entrevista à TV Liberal, na segunda-feira (20), o secretário de Saúde de Belém, Sérgio Amorim, para tirar do colo do prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) o crônico problema de atendimento no setor, saiu-se com uma pérola de diversionismo: afirmou que Zenaldo “só não comprou o Hospital Porto Dias porque a presidente Dilma negou a verba”.

Eu atravesso uma situação parecida: só ainda não ganhei o prêmio da virada da Sena porque todas as vezes que jogo, a sorte me tem negado a verba.

É uma pena que eu não tenha, até hoje, ganhado na Sena, mas é providencialmente bom – seja por quais cargas d´água forem - que a prefeitura de Belém não tenha comprado o Porto Dias, pois isso seria um péssimo negócio.

O que, todavia, deveria causar mais de uma espécie é o fato de, já na boca do segundo tempo do mandato do prefeito de Belém, um secretário seu debitar à compra, ou não, de um hospital, o péssimo atendimento de saúde que o município presta.

É bom alguém ensinar ao secretário que há outras causas mais fidedignas para ele se desculpar da ineficácia.

Comentários

  1. Deputado, hoje na coluna Repórter Diário, um arquiteto que viajou papa o nordeste elogiou bastante as estradas de lá. Citou inclusive a BR-101. Depois a matéria termina dizendo que "o que se vê por lá é de matar de vergonha a entrada de Belém."

    Como a citada coluna tem atualmente "99,9%" do seu conteúdo voltado para bater no governador, acho que esqueceram que BR é de responsabilidade federal (portanto da dobradinha PT/PMDB), inclusive a que fica na entrada de Belém. Kkkkkkk

    ResponderExcluir
  2. Olá bom dia!
    Entendo que a "puxada" de pauta da TV Liberal sobre as péssimas condições de atendimento nos prontos socorros de Belém, foi um acerto com o"cliente vip", no caso a prefeitura de Belém, para "limpar a barra" com a população. Ora, jogar na conta do governo federal uma questão municipal é da hora, já que tá "pegando" pros amarelões a incompetência do Zenaldo e o tempo ido..., sem contar que a "entrevista" subestimou a capacidade de entendimento da população sobre esse tipo de manobra tacanha.... Um dia a história muda!

    ResponderExcluir
  3. senhor Parsifal concordo com o senhor que o mal atendimento a saúde em Belém seja pela não compra do hospital Porto Dias .Mas o senhor bem que poderia também referenciar que as transferências percapita do governo federal para o Para e a Menor disparada do Brasil .Sera que e porque e governado por um partido de oposição?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Os critérios de descentralização dos repasses do SUS não são políticos e sim legais, e estão definidos nas leis 8080/90 e 8142. Ambas definem a base das transferências pelo coeficiente populacional, perfis demográficos e epidemiológicos da população coberta, perfil de cobertura da rede, previsão quinquenal de contrapartida dos estados e municípios, remuneração dos serviços e outros que não lembro agora.
      Se o Estado do Pará tem recebíveis per capita baixos o problema não é político, pois essas contas são acompanhadas por varias instituições, inclusive o Conselho Nacional de Saúde no qual todos os estados têm assento.
      O problema é a inapetência do Estado e dos municípios, que têm uma rede precária e atendimento péssimo, o que rebate diretamente na remuneração dos serviços e nos índices que compõem as transferências.
      Belém, por exemplo, tem apenas dois prontos-socorros municipais e nenhum outro município tem esse serviço.
      Aliás, retifico-me: o problema é político sim. Os políticos do Pará não investem seriamente em saúde, não ampliam a rede, não ampliam os serviços e por isso recebem menos que outros estados que fazem isso.

      Excluir
  4. Parece "virgem em prostíbulo". Todos esses **** transferem as suas responsabilidades e incapacidades para a conta de outros. Seja do anterior ou de quem puder.

    ResponderExcluir
  5. Deixa o homem trabalhar, dois anos não dá pra fazer muita coisa, principalmente em Belém que se encontra abandonada há décadas. Não podemos esquecer que uma parcela dessa responsabilidade são dos profissionais da saúde que ganham muito bem e prestam um péssimo serviço, com raras exceções. Igualmente na educação. Péssimos professores, com raríssimas exceções, ainda querem ganhar salário incompatível com suas capacidades.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não há quem impeça um homem de trabalhar quando ele tem disposição para isso.
      No caso da educação e da saúde, já que você está brincando, eu vou mais longe: na educação os culpados são os alunos, que não aprendem direito e na saúde os culpados são o pessoal que adoece.

      Excluir
  6. Este cidadão que é Secretário Municipal de Saúde, simplesmente, é o cunhado do Conselheiro do CNJ, o paraense e promotor Gilberto Martins que é casado com sua irmã, que está lotada no TCM, sem frequentar esta corte de contas. Está tudo dominado e aparelhado pelo PSDB.

    ResponderExcluir
  7. Francisco Marcio22/04/2015, 19:04

    Quando "Dudu-Miami-Belem" saiu, eu pensei: bom, agora, o "novo" prefeito que assentar-se na cadeira por pior que seja - e quem seja - fará um governo melhor... Ledo engano, o "Zé Nada" conseguiu a proeza de ser pior que o oftalmologista...
    Belém, desse jeito, nao vai haver comemoração de 400 anos, haverá é marcha fúnebre. Pobre Belém...

    ResponderExcluir
  8. Outra verdade que não quer calar é o superfaturamento dos avaliadores do Porto Dia. O preço chegou a ser avaliado 150% acima do que valia. Se a compra fosse feita, para onde iria o dinheiro que certamente teria que ser devolvido pelos donos do Porto Dias. Ali era negócio de compadre.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comentários em CAIXA ALTA são convertidos para minúsculas. Há um filtro que glosa termos indevidos, substituindo-os por asteriscos.

Postagens mais visitadas deste blog

Mateus, primeiro os teus

Convalescendo da implantação de um stent , o governador Simão Jatene (PSDB-PA) foi apanhado, ainda no Hospital do Coração (SP), na manhã de ontem (03), por uma desagradável matéria da “Folha de S. Paulo” reportando que “ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada” de Jatene exercem cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Pará. A reportagem declara que, somados, os salários dos familiares do governador “ultrapassam R$ 100 mil mensais”. > Sem incidência de nepotismo As averiguações já foram matérias em blogs locais. Quando me foi perguntado se feriam a Súmula 13 do STF (nepotismo), opinei que não, o que foi agora ratificado pela reportagem da “Folha” que, ouvindo “especialistas” declarou que os “casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF”. Nenhum dos parentes ou afins relacionados pela “Folha” está a cargo de órgãos vinculados ao executivo estadual e a matéria não demonstra a existência de cargos ocupados, no Poder

O HIV em ação

A equipe do cientista russo Ivan Konstantinov arrebatou o primeiro lugar no “International Science and Engineering Visualization Challenge”, um concurso que premia imagens científicas da forma mais verossímeis e didáticas possíveis. Abaixo, a imagem em 3D do mortal vírus da Aids (HIV), em laranja, atacando uma célula do sistema imunológico, em cinza. A tática do HIV é se estabelecer dentro da célula, sem destruí-la. Na imagem abaixo foi feito um corte para mostrar o HIV já estabelecido no núcleo da célula imunológica, usando-a para se reproduzir, expelindo mais vírus que atacarão mais células imunológicas para torna-las hospedeiras, por isto o sistema imunológico do portador do HIV fica reduzido. As imagens foram retiradas do portal russo Visual Science .

Parsifal

Em uma noite de plenilúnio, às margens do Rio Tocantins, o lavrador pegou a lanterna e saiu correndo de casa à busca da parteira. Sua mãe, uma teúda mameluca, ficou vigiando a esposa que se contorcia com as dores do parto. Quando voltou com a parteira, o menino já chorava ao mundo. Não esperou: simplesmente nasceu. A parteira cortou o cordão umbilical e o jogou ao Rio Tocantins. Após os serviços de praxe de pós parto, a mãe de Ismael o chamou ao quarto para ver o filho. O lavrador entrou no quarto. A lamparina o deixou ver a criança ao peito da mãe: nascera Parsifal, pensou ele orgulhoso. O lavrador pegou uma cartucheira calibre vinte, carregou o cartucho ao cano, armou e saiu à porta. O Tocantins espreitava-lhe manteúdo. Apontou a mira da vinte à Lua e disparou: era assim que os caboclos do baixo Tocantins anunciavam a chegada de um homem à família.