Ontem (27) o presidente Temer resolveu segurar o touro pelos cornos e partiu para cima de Janot em um pronunciamento ríspido no conteúdo e na forma, mas sem consequências que o acudam a destituir a denúncia contra a qual investiu. Na verdade, o pronunciamento foi uma peça política à Câmara Federal, que analisará se autoriza, ou não, o prosseguindo do feito. Nesta circunstância, o presidente deveria poupar os adjetivos da oração e perorar na surdina, pois aos deputados que lhe apreciarão o fado as sacadas são menos importantes que as alcovas. Temer qualificou a denúncia como uma peça de "ficção" e acusou Janot de "reinventar o Código Penal" ao incluir nele a "denúncia por ilação”, pois não há provas nas tipificações almejadas. As designações de Temer visam arregimentar cruzados a sua causa, pois a preocupação, tanto jurídica quanto política, tem que ser uma constante no diapasão em que andam os processos nos tempos de Lava Jato. Temer não se limitou a atacar as