A “CPMI do Cachoeira”, abaçanada com a tagarelice do ministro Gilmar Mendes, ainda não rendeu algum indignado herói defensor da honra nacional. Hoje (31), diante do silêncio constitucional do senador Demóstenes Torres, único depoente do dia da CPMI, o deputado Silvio Costa (PTB-PE), expôs-se ao ridículo: para se premiar com as luzes das câmeras, resolveu encarnar um Cícero boquirroto e fazer de Demóstenes o seu Catilina silencioso. > Gritos e achincalhes Levantou-se o Cícero do agreste, olhou se as câmeras estavam a postos, abriu o paletó e danou-se a descompor o senador Demóstenes, que o ouvia impávido: “- O seu silêncio é a mais perfeita tradução de sua culpa. O seu silêncio escreve em letras garrafais Eu, Demóstenes Torres, sou sim membro da quadrilha do Cachoeira. Eu sou sim o braço Legislativo da quadrilha do senhor Cachoeira. Eu vi seu depoimento no Conselho de Ética. Eu mesmo tinha muita admiração. O senhor disse que foi traído. Foi o senhor que traiu os amigos, traiu Goiás