A assessoria de imprensa do ex-presidente Lula, através do “Instituto Lula”, publicou ontem à noite (28) uma nota à imprensa confirmando o encontro com o ministro Gilmar Mendes no escritório do ex-ministro Jobim, mas afirmando ser inverídica a matéria da “Veja” sobre o teor do encontro.
A nota escreve que Lula está “indignado” e relembra que o ex-presidente sempre manteve isenção no “Caso Mensalão”, tanto que reconduziu ao cargo o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, mesmo depois desse ter assinado a denúncia.
Clique aqui para ler o inteiro teor da nota.
> Ministro Gilmar Mendes confirma o teor da reportagem
Por seu turno, o ministro Gilmar Mendes, ao ser indagado por repórteres sobre a nota do “Instituto Lula”, reafirmou todo o teor da reportagem da VEJA.
Gilmar Mendes afirmou aos repórteres que durante a conversa Lula retomou o assunto “mensalão” por mais de três vezes e se referiu à viagem à Berlim (Gilmar Mendes teria ido à Alemanha com o senador Demóstenes Torres com as despesas pagas por Cachoeira), momento em que o ex-ministro Jobim, anfitrião do encontro, teria reforçado a fala de Lula, alegando que o “deputado Protógenes podia querer levá-lo (Gilmar Mendes) a CPI.
> Samba de breque
Isso está igual ao trecho final daquele samba de breque do Moreira da Silva, “O Rei do Gatilho”, com o qual eu costumo ilustrar essas situações:
“Fugiram todos, só ficando ele e eu.
Eu atirei, ele atirou e nós trocamos tanto tiro
Que até hoje ninguém sabe quem morreu...
‘Eu garanto que foi ele, ele garante que fui eu!’
Só sei dizer que a mulher dele hoje é viúva
Que eu nunca fui de dar refresco ao inimigo
E como filme bang-bang, bang-bang vale tudo,
O casamento da viúva foi comigo.”.
Ontem (29) no Jornal Nacional, Gilmar Mendes: Não houve nenhum pedido explícito (de adiar o julgamento do mensalão). Houve uma opinião de que não seria conveniente este ano, por causa da politização em razão das eleições.
ResponderExcluirOntem em entrevista ao Zero Hora, reproduzida na própria Veja, na internet, hoje:
ZH - ele disse que o José Dirceu está desesperado?
Mendes - ACHO que fez comentário desse tipo.
Hoje no Bom dia Brasil: ministrados supostamente citados (na versão de Veja como citados por Mendes sendo pressionados por Lula - todos negaram qualquer pressão de Lula
Desde o início, Nelson Jobim, a única testemunha: nega os termos da conversa e nega peremptoriamente que Gilmar Mendes tenha saído indignado da reunião
Conclusão: cada um tire a sua...
Ao distinto público não resta outra coisa, pois nessas situações cada um tem a sua verdade e todos as suas devidas cotas de mentiras.
ExcluirO eminente jurista Celso de Mello, ontem reverenciado na aba deste blog, produziu essa pérola: "Se Lula fosse presidente, poderia sofrer impeachment". Ao que eu completo, sem a pretensão, é claro, de ir parar na aba do blog: Se eu fosse o camisa 10 do Barcelona, eu poderia ser milionário...
ResponderExcluirSe é para tratarmos as coisas dessa forma, eu escolho "se eu fosse o Carlos Slim eu seria o homem mais rico do mundo e pagaria o seu salário no Barcelona".
Excluirque bom, deputado, já teria um patrocinador. Saudação cordial!
ExcluirE legal que todos nós imaginemos, algumas coisas. Agora um ministro do STF, fazer isso, é totalmente errado, ou não precisa mais de provas no Brasil, basta a palavra de alguém e a publicação de uma revista.Ora se não houve impeachment num mensalão que ainda vai ser julgado, como ele pode dizer que se o Lula fosse presidente seria impedido. Cadê as provas? E só baseado na fala de alguém. Parece que alguns membros do STF esqueceram suas aulas de direito. A veja estava lá? Eles ouviram e gravaram a fala?
ExcluirVocê com revolver na mão é um bicho feroz, sem ele anda rebolando até muda de voz.
ResponderExcluirO apDELTA é sem dúvida o METIROSO mais bem avaliado que já ví em toda minha vida. É a verdadeira face do MEGALOMANIACO.
ResponderExcluirTudo que vier do Lula e do PT em materia de senvergonisse, mentiras,roubalheira, chantageme e etc etc e tal, nada nos surpreende. Pois para eles, tudo isso é virtude.
Fica cada vez mais claro que houve o encontro e o assunto tratado foi o tal do mensalão, a nós espectadores, eleitores, brasileiros, maiores de idade, resta considerar , é ético?
ResponderExcluirComentário do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Sepúlveda Pertence, que teve o seu nome citado em matéria publicada pela revista Veja que circula a partir de hoje (26). Segue o comentário do ministro Sepúlveda Pertence:
ResponderExcluir1 – Apesar das velhas relações pessoais de amizade, o ex-presidente Lula jamais falou comigo sobre processo judicial algum: exceto, muito antes de ser presidente da República, quando se tratava dos processos contra o Lula, líder sindical, naqueles processos a que respondeu na Justiça Militar, em que tive a honra de participar de sua defesa.
2- Particularmente sobre matéria da revista Veja, o ex-presidente da República jamais me falou sobre o chamado processo do “mensalão”: ele sabe que eu não me prestaria a fazer pedido à ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, nem ela aceitaria qualquer conversa mi nha a propósito. Por esse respeito mútuo, é que somos tão amigos.
3- Lamento que um ministro do Supremo se tenha posto, supostamente, a dar declaração sobre conversas, reais ou não, que tenha tido com um ex-presidente da República no escritório de um político e advogado.
Se fosse o homem das barbalhidades que tivesse feito esta conversa não republicana o mundo se acabaria, mas como é com o Lula do PT é tudo mintirinha do Ministro. Eta PT bom de chantagem e de roubalheira. Eu se fosse estes Ministros que o Lula tentou comprar colocaria todos estes enrrolados com o Mensalão na cadeia e ainda faria estes mensaleiros devolverem o dinheiro roubado por eles. Junto na prisão iria o Lula para contar baboseiras para esta turma do mensalão.
ResponderExcluirNinguém pode ser proibido de tratar disso ou daquilo. Muito menos grandes expoentes da política nacional. A questão é saber se essa conversa teve mesmo esse caráter como diz uma das revistas de menos credibilidade no País.Porque se houve a conversa nesses termos é crime. Mas, caso contrário, é de novo o baixo nível de certa parte da imprensa.É assim que tem agido alguns quando não conseguem superar o adversário politicamente como em TUCURUI e em BELÉM. Ou seja, apelam para toda sorte de baixaria.
ResponderExcluirSobre existir veracidade nesse encontro entre Lula e Gilmar, não pairam duvidas de que alguém está mentindo.
ResponderExcluirPrimeiro: para existir um encontro caso não seja casual alguém tem que convidar ou convocar.
Segundo: para existir um encontro, caso não seja casual deve haver um motivo! Sendo Lula articulador mor e bombeiro do PT e seu partido cheio de focos incendiários, o que o faria perder seu precioso tempo indo para Brasília tratar de política com o Gilmar?
Terceiro: Por que o encontro foi no escritório do ex ministro da DEFESA?!
Por que o Gilmar aceitou ir ao tal encontro sabendo que o tema “mensalão” seria no mínimo ventilado?
Por que o Gilmar levou tanto tempo para querer que o Brasil tomasse conhecimento de sua versão do ocorrido?
Um está mentindo mais do que outro.
Quem morreu foi Tonico ou foi o Tinoco?
Perguntinhas básicas pro Parsifal responder, que, com muito 'tato' quer botar Lula e Gilmar no mesmo saco:
ResponderExcluira) por que Gilmar só manifestou sua "perplexidade" com o diálogo com o Lula um mês depois?
b) por que Gilmar não denunciou o Lula imediatamente ao STF?
c) por que Gilmar procurou justamente a 'revista' Veja para mostrar sua perplexidade?
P.S. Seria bom se essa sua postagem, e os seus comentários, não passasse pra segunda página.
Olá Che,
ExcluirNão há como não passar para a segunda página: como dizia aquele bolero do Lulu Santos, "tudo passa, tudo sempre passará".
Eu não tento colocar Gilmar e Lula no mesmo saco, pois eles, inequivocamente, vendem-se em embalagens diversas.
Apenas os coloco (aliás o Jobim) na mesma sala e as repercussões do recinto, como os dois não são da mesma safra, têm consequências desiguais à ambos.
O Lula conseguiu, por esses arroubos metempsicóticos da nação brasileira, imunidade preventiva para fazer o que bem entender com a República (conseguiu repetir Vargas e JK com uma diferença: ele tem absolvição preventiva enquanto os outros dois conseguiram redenção posterior).
Já o Gilmar Mendes não goza deste foro, portanto, cometeu um grave equívoco em protagonizar a revelação da conversa (tema que eu toco na postagem inicial de amanhã).
Quanto as suas perguntas, elas já foram por outros feitas e por mim respondidas na postagem “Jobim protege Lula e desmente VEJA”.
Eu sempre aconselho aos meus leitores para não deixarem de “olhar” os comentários, pois esses têm melhorado muito o nível e alguns são melhores que as postagens, pois estabelecem o contraditório necessário à toda boa leitura crítica.