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O silêncio dos culpados

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Alegando que os documentos do inquérito gerado pela “Operação Monte Carlo” estão à disposição da defesa de Carlos Cachoeira há uma semana, o STF negou-lhe ontem (21) mais um adiamento do seu comparecimento à CPMI, marcada para hoje (22).

Diante disso, seu advogado, Márcio Thomaz Bastos, recomendou-lhe que “entre mudo e saia calado da CPMI”: é um direito constitucional de qualquer acusado.

> Lembrando Schiller

“A dúvida é se ele vai me atender”, disse Thomaz Bastos a um interlocutor. Claro que vai, pois embora Cachoeira, suponho, nunca tenha lido Schiller, deve intuir que “as grandes almas sofrem em silêncio” e, afinal, ele perdeu a liberdade, mas não o juízo.

A estratégia de Thomaz Bastos está correta, pois tudo que Cachoeira disser poderá ser usado contra ele no verdadeiro processo ao qual já responde, para o qual está marcada a sua oitiva no dia 30 desse maio.

E a CPMI perde um dos seus mais aguardados números, pois o artista principal, não vai protagonizar o esperado show.

Comentários

  1. Gostaria que o Deputado Parsifal (O Filólogo), comentasse como o TCE aprovou as contas da ALEPA, tendo esta, um rombo de mais de 100 milhões. O ano você sabe, não adianta você dizer qual!

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    1. Pondere que a sua pergunta não deve ser dirigida a mim, mas aos conselheiros do TCE que aprovaram as contas.
      O link do TCE, que estabelece uma interface com o cidadão, e no qual você poderá postar a sua pergunta, é esse: http://www.tce.pa.gov.br/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=79

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  2. Mais uma que Belem está fora!

    Copa das Confederações 2013, competição oficial que antecede a Copa do Mundo 2014, no Brasil, tem seis cidades-sede à disposição. Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife e Salvador foram aprovadas para receber os jogos do torneio.

    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/fifa-aprova-seis-cidades-para-copa-das-confederacoes-2013-4966154#ixzz1vcMFAF4E
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  3. Deputado...se a função do legislativo é, além de legislar, de fiscalizar o executivo...pra que existem então os tais Tribunais de Contas?

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    1. Os tribunais de contas devem fazer o acompanhamento técnico das contas, através dos seus auditores. Uma vez entregue o parecer técnico, as contas são enviadas ao Ministério Público junto aos tribunais de contas que elabora um parecer pela aprovação ou pela rejeição das contas analisadas. O processo de contas então vai ao relator, que é um conselheiro do tribunal, que elabora o seu parecer e o submete ao plenário.
      Dado o parecer do plenário, pela aprovação ou rejeição, esse é enviado à Assembleia Legislativa (há casos em que não é necessário o envio à Alepa) para que essa de o veredito final sobre o parecer, que pode ser um julgamento político, ou seja, as assembleias podem concluir, com base nos relatórios da auditoria dos tribunais, que o executor das contas não obedeceu à execução orçamentária por ela votado.
      O problema, meu caro Pitiú, é que assim como no Ver-o-Peso, tem gente que não faz o seu trabalho direito, nos tribunais e nas assembleias também tem gente que não faz o seu trabalho direito. Mas, convenha, assim como os feirantes do Ver-o-Peso não podem pagar pelos batedores de carteira que aparecem por lá, da mesma forma não é correto generalizar os conselheiros e os políticos.

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