Matéria de “O Globo” desse domingo (27) reporta que enquanto o governo concentra (necessários) esforços para melhorar a estrutura aeroportuária, principalmente visando a Copa e Olimpíadas, o transporte terrestre, marítimo e fluvial, que atende quase o dobro de passageiros, é legado a terceiro plano.
> Brasil investe menos da metade da média mundial
Em 2011 as aéreas nacionais transportaram 89,9 milhões de pessoas enquanto os ônibus, trens e navios carregaram 150 milhões de passageiros e só quem usa esse tipo de condução sabe a aventura que é viajar por estes meios pelo interior do Brasil.
Os dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelam que o Brasil investe 0,4% do PIB em transporte terrestre, fluvial e marítimo: isto é menos da metade da média mundial que é de 0,96%.
> Concessões poderiam mitigar a péssima malha terrestre
A má condição das estradas em todos os níveis da Federação foi responsável por uma morte a cada 40 horas em 2011: um número centesimamente maior que as mortes ocorridas em desastres aéreos no mesmo período.
Não haverá solução em curto prazo se o governo não fizer com as principais vias terrestres o que está fazendo com os aeroportos: conceder a exploração à iniciativa privada e dela cobrar os resultados que o DNIT não consegue entregar com os bilhões investidos todos os anos.
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