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Mostrando postagens de julho, 2017

Tucuruí de luto

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Ausente de atualizações do blog por praticamente uma semana, retorno com uma nota transtornada. É angústia e consternação o que sinto desde que soube do bárbaro assassinato do prefeito de Tucuruí, Jones William, um jovem de apenas 42 anos, perpetrado esta tarde (25.07.17), quando ele vistoriava obras na cidade. Oportunamente escreverei aqui sobre o assunto. Agora, todavia, as minhas letras se resumem à solidarizar-me ao luto que a família do Jones e a cidade de Tucuruí, sofrida e amargamente, experimentam. Esse tipo de barbárie, independentemente de nuances político-partidárias, atinge pesadamente toda a população, que se vê, não mais que de repente, órfã do sentimento de paz e esperança. Na vigília da morte, é hora de união. Junto-me, de coração, à família enlutada, e a toda a população de Tucuruí, que sofre, atônita, com o ocorrido. Que Deus tenha piedade de nós, nos abrace e nos ampare no pranto.

Governo planeja privatizar 14 das 47 usinas hidrelétricas do sistema Eletrobrás

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Já está pronto o esboço inicial do que viria a ser a privatização de parte do setor elétrico nacional. Nesta primeira leva, que poderá ir ao martelo em 2018, caso o governo Temer consiga se consolidar frente aos fortes ventos que lhe maltratam as velas, poderão ser privatizadas até 14 das 47 usinas hidrelétrica pertencentes à Chesf, Furnas e Eletronorte, todas subsidiárias da Eletrobrás. A abertura da porteira para iniciar o processo depende da reforma dos marcos legais do setor elétrico, proposto ao Congresso, pelo Ministério de Minas e Energia no início de julho, pouco notado pela imprensa que está de olhos voltados ao desenrolar da denúncia contra Michel Temer. As usinas que serão ofertadas inicialmente já são antigas e de relativo pouco valor se comparadas às joias da coroa do sistema, que também estão ruins das turbinas, por conta de defasagens tarifárias que não foram compensadas com a atualização do sistema. O plano de privatização, embora ainda esteja guardado a sete chaves, pr

Rede Record reporta que delação de Palocci atinge Rede Globo

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Em uma longa matéria de 16 minutos a Rede Record de TV levou ao ar ontem (16) reportagem na qual revela que a delação que o ex-ministro Antonio Palocci negocia com a Procuradoria-Geral da República reserva um capítulo especial à Rede Globo. Segundo a reportagem Palocci revelaria “negócios da TV Globo envolvendo sonegação fiscal, empresas de fachada no exterior e negócios em contratos do futebol. É claro que os controladores da Rede Globo, os Marinho, detentores, juntos, da maior fortuna do Brasil e uma das maiores do  mundo, não são santos, todavia, ao assistir o desenrolar da reportagem ajuíza-se que esta muito pouco traz de suposta proposta de delação de Palocci, ocupando-se mais em contar um enredo de irregularidades, por suposto, cometidas pelos acionistas do grupo. A reportagem, portanto, embora possa valer a audiência dos 16 minutos, não passa de uma estocada do maior desafeto da Rede Globo, o bispo Edir Macêdo, da Igreja Universal do Reino de Deus, que detém a concessão da Rede

Moro condena Lula a 9 anos e 6 meses de prisão

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Como já se esperava, o juiz Sergio Moro condenou, ontem (12), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula foi sentenciado a cumprir nove anos e seis meses de prisão, por ter obtido vantagens indevidas da empreiteira OAS, no caso do tríplex de Guarujá (SP). É a primeira vez na história do Brasil que um ex-presidente da República é condenado. A condenação teve repercussões diversas no país e foi repercutida em toda a imprensa internacional. Sergio Moro, segundo ele mesmo, para prevenir tumultos que poderiam ser protagonizados pela militância lulo-petista, absteve-se de determinar a prisão de Lula, para que ele começasse imediatamente o cumprimento da pena, o que é uma bravata jurídica típica de Moro, pois a condenação em primeira instância não autoriza imediato cumprimento de pena. O que Moro fez foi escancarar os paradoxos jurídicos que lhe têm norteado algumas decisões baseadas exclusivamente no clamor social que perambulam no entorno dos

Velha roupa colorida

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Para obstruir a votação da reforma trabalhista no Senado ontem (11), as senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu (PMDB-TO) lançaram mão de um esbulho: invadiram a Mesa do Senado, na mais perfeita tradução da avacalhação política nacional. Embora a atitude pudesse ser regimentalmente repelida, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) suspendeu a sessão, que só foi reaberta 7 horas depois do esbulho quando o texto base da reforma foi aprovado por 50 votos favoráveis e 26 contrários. Como as emendas e destaques foram rejeitados, o texto base aprovado segue para apreciação presidencial, que deverá sancionar o projeto com vetos pontuais que não desvirtuam a tez de atualização da legislação trabalhista nacional, elaborada em uma época há muito revogada pela história das relações de trabalho e emprego atuais. A legislação trabalhista nacional é um motor de dois temp

Parecer do relator é pela aceitação da denúncia contra Temer

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Na tarde de ontem (10), na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) consumiu exatos 59 minutos para ler o parecer de sua autoria favorável à aceitação da denúncia contra o presidente Michel Temer, oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Desde que a relatoria do feito, em uma manobra ainda não explicada, foi endereçada a Zveiter, um peemedebista não alinhado, o Palácio do Planalto labutou a certeza de que a lavra seria desfavorável. E destarte a corte tenha empreitado a localização e troca de todos os membros da CCJ que poderiam votar contra Temer e trabalhe um parecer alternativo para confrontar Zveiter, os prognósticos da querela continuam a produzir labaredas. Embora negando com os pés juntos, é certo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já começou a ser para Temer o que Temer foi para Dilma quando enxergou severa probabilidade de a crise trepá-lo na árvore que, por mãos próprias, jamais alcançaria. E c

Governo do Pará já gastou R$ 288 milhões com propaganda

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Sempre observando que esta não é uma exclusividade do governador Simão Jatene – o que não justifica o desperdício -, mas uma prática nociva ao erário em todo o Brasil, os gastos com propaganda oficial continuam com forte vento na popa no governo do Pará. Matéria do Diário do Pará publicada no domingo (09) reporta que “nos últimos 6 anos, entre 2011 e 2016, o Governo Jatene torrou pelo menos R$ 288 milhões em propaganda, em valores atualizados pelo ICPA-E do mês passado”. Em termos orçamentários nada há de errado no desperdício, pois os gastos com a tal propaganda oficial são previstos no orçamento do Estado, mas a despesa, se em termos absolutos já é um absurdo para um Estado com problemas críticos de todo gênero, em termos comparativos extrapola em muitos graus a ética da responsabilidade que nenhum gestor, pelo menos nessa seara, teve até hoje no Brasil. A reportagem observa que, em 2016, "um dos maiores hospitais do Pará", a Santa Casa, custou ao Estado “pouco mais de R$ 2

Kim Jong-un que se cuide ou pode virar Saddam Hussein

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O ditador norte-coreano Kim Jong-un tem 80% de chances de estar blefando ao, de forma contumaz, anunciar aos quatro ventos que possui mísseis capazes de transportar ogivas nucleares. A retórica pode ser um erro como política externa dissuasiva. Disparar um foguete rumo a um alvo é coisa ginasial hoje em dia. Colocar nele uma ogiva nuclear funcional são outros mil e quinhentos que dificilmente a Coreia do Norte tem, a não ser que a China ou a Rússia tenham resolvido, em um grave lapso de juízo, entregar a encomenda já pronta ao doidivanas de Pyongyang. Mesmo esta hipótese é altamente improvável, pois, louco como é Baby Kim, qualquer brinquedo negado ao seu capricho impúbere, pela proximidade, é mais fácil acertar o alvo da baladeira em Moscou ou em Pequim do que, pela distância, em Washington. Por essa brincadeira de dizer o brinquedo que não tem, como forma de dissuasão, foi que, em 2003, os EUA derramaram bombas sobre o a cabeça do então ditador Saddam Hussein, sob a justificativa de

Primeira pesquisa publicada para a corrida governamental do Pará em 2018

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O telejornal da TV Record-Belém divulgou ontem (04) pesquisa encomendada ao Instituto Paraná Pesquisas sobre a eleição para governador do Pará, em 2018. A mais de um ano para o pleito o quadro, que traz o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB) na liderança da futura corrida, em todos os cenários, revela uma peculiaridade: a ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, em todos os cenários, é a segunda colocada nas intenções de votos colhidas. Abaixo, os resultados: Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 A pesquisa mediu a aceitação da administração de Simão Jatene e o resultado foi desfavorável ao governador: Para ler o inteiro teor da pesquisa, inclusiva com os resultados para o Senado Federal, clique aqui . A pesquisa, registrada sob o nº 3122-17, possui grau de confiança de 95% e margem de erro de aproximadamente 2,5%. Foram entrevistados 1.500 eleitores de 52 municípios paraenses, no período de 28 de junho a 1º de julho, distribuídos em sexo, faixa etária, grau de escolarid

A onomatopeia dos sinos

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O empresário Jacob Barata Filho, preso no domingo (02) pela PF no aeroporto do Rio de Janeiro, antecipou a operação deflagrada ontem (03) contra praticamente toda a cúpula dos transportes que atua na capital carioca. A operação, uma corruptela da Lava Jato que se inaugurou com a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, na Operação Calicute, investiga afirmados pagamentos de R$ 500 milhões de propina para políticos e fiscais, cumpriu oito mandados de prisão preventiva, oito de prisão temporária e 30 mandados de busca e apreensão. Batizada de "Ponto Final" a nova fase da operação tem como base as delações de Jonas Lopes, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e do doleiro Álvaro Novis e aprofunda o cerco sobre o ex-governador, que dificilmente escapará de severas condenações. Jacob Barata Filho, acusado de ter pagado somente a Sérgio Cabral algo em torno de R$ 122 milhões em propinas, é a segunda geração de Jacob Barata, conhe

Jogando caxangá

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Há seis meses com as rédeas da prefeitura de São Paulo nas mãos, o tucano João Doria tem provado apenas uma coisa: é bom de marketing. Apesar de a propaganda alardear que ele é um exímio jockey, na vida real a cidade ainda não teve o prazer de vê-lo saltando as barreiras. E como o paulistano começa a se acabrunhar com a pantomima, Doria, ao mesmo tempo em que insiste na sua estratégia teflon, aproveita a derrocada da alta cúpula tucana na enxurrada da Lava Jato e estreia no cenário nacional como uma alternativa “ao que está aí”. Durante o mês de junho o prefeito de S. Paulo participou de 15 eventos nacionais e de seis encontros partidários, o que o deixou afastado da prefeitura por praticamente todo o mês. Mas a mudança para o domicílio publicitário nacional aumenta o desgaste local do prefeito propaganda: Doria perdeu nada menos que 17 vereadores na Câmara Municipal, o que dificulta a aprovação do seu pacote de concessões e privatizações, por ele havidos como fundamentais à administra