O empresário Jacob Barata Filho, preso no domingo (02) pela PF no aeroporto do Rio de Janeiro, antecipou a operação deflagrada ontem (03) contra praticamente toda a cúpula dos transportes que atua na capital carioca.
A operação, uma corruptela da Lava Jato que se inaugurou com a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, na Operação Calicute, investiga afirmados pagamentos de R$ 500 milhões de propina para políticos e fiscais, cumpriu oito mandados de prisão preventiva, oito de prisão temporária e 30 mandados de busca e apreensão.
Batizada de "Ponto Final" a nova fase da operação tem como base as delações de Jonas Lopes, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e do doleiro Álvaro Novis e aprofunda o cerco sobre o ex-governador, que dificilmente escapará de severas condenações.
Jacob Barata Filho, acusado de ter pagado somente a Sérgio Cabral algo em torno de R$ 122 milhões em propinas, é a segunda geração de Jacob Barata, conhecido como o “Rei do Ônibus”, que há 50 anos domina o transporte coletivo urbano nas capitais de pelo menos sete estados do Brasil, inclusive linhas concedidas em Belém.
Mas não é somente nesse ramo que Jacob Barata fez fortuna: o seu império empresarial, controlado pelo Grupo Guanabara, engloba 53 empresas no Brasil e Portugal, em empreendimentos que vão da área financeira, com o banco Guanabara, passam por concessionárias de veículos e alcançam redes de hotéis e empreendimentos imobiliários.
Caso a prisão de Jacob Barata Filho se transforme em delação premiada, como virou moda no Brasil, a cidade de Belém poderá vir a ter um capítulo especial, pois em sendo dono de praticamente 60% dos ônibus que trafegam pelo corredor da Augusto Montenegro, pode ser provável que as práticas usadas no Rio de Janeiro se possam ter repetido por aqui, antes porque é dito a boca pequena pelos corredores coletivos da cidade, que, por suposto, empresas de ônibus seriam generosas colaboradoras de campanhas eleitorais.
Segundo os delatores, e posteriormente apurado pelo MPF, o esquema criminoso comandado pelo ex-governador Cabral consistia em receber propina em troca de concessão de “benefícios a empresas de ônibus, como a autorização para reajustes das tarifas e isenções no pagamento de IPVA dos coletivos”.
Dizem que o esquema do Rio de Janeiro naufragou, mas que os sinos que lá tocavam continuam a soar a mesma ladainha em outros estados. Será?! Não acredito…
Bom dia...em que não acreditas? Saudades oh pá!
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