Há 20 anos os EUA votaram uma legislação obrigando as cidades com mais de 1 milhão de habitantes a reutilizarem a água dos esgotos, que depois de convenientemente tratadas, são usadas em serviços de limpeza.
Algumas cidades, como Nova York, foram além e desenvolveram sistemas que devolvem potabilidade a água dos esgotos, o que internaliza bilhões de dólares ao ano às companhias de esgotos, que vedem a água tratada as distribuidoras que, por sua vez, economizam na captação que seria correspondente.
> Em Campinas
Com a crise de água que assola a grande São Paulo, Campinas, com 1,1 milhão de habitantes, anunciou ontem (30) que implantará a tecnologia de “lavar” a água dos esgotos.
Diz a Sanasa, a companhia de água e esgoto da cidade, que a medida proverá 7% do consumo da cidade e, primeiramente, não produzirá água potável, mas para ser usada em serviços públicos, como regar os jardins e lavar praças.
Mas, informou a Sanasa, em até um ano um novo sistema adutor será implantado para completar o ciclo e dar potabilidade a água já lavada, que então será despejada na principal captação do sistema, o Rio Capivari. O volume a ser inserido elevará a capacidade de fornecimento em até 600 litros por segundo.
Campinas já é conhecida como a cidade que melhor maneja o seu fornecimento de água à população. O seu índice de perda na entrega, meros 19,2%, é o menor do Brasil.
Soluções há, e a reciclagem da água é uma delas. A questão é saber o que é prioridade para o gestor, e a forma como o governo de São Paulo trata a crise de água na maior cidade da América indica que abastecimento de água nunca foi prioridade: sempre se confiou a São Pedro o abastecimento e quando não chove, obviamente, a culpa é do santo.
Muito me honra essa sua postagem já que minha filha mais velha com doutorado em "Água Captação e Manutenção" é diretora da companhia que implanta esse projeto!
ResponderExcluirParabéns MCB. O Brasil agradece filhos assim.
ExcluirDeputado, onde está o Edir Veiga?
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