A Islândia, cuja capital é a bela Reykjavík, é um conjunto de pequenas ilhas vulcânicas amontoadas entre a Europa continental e a Groelândia. É um dos países com menor densidade populacional do mundo: em 103 mil km² quadrados vivem apenas 320 mil pessoas que ostentam o 22º PIB per capita e o 13º IDH mais elevado do planeta. A ONU classificou a Islândia como o 3º país mais desenvolvido do mundo.
> 30 dias de feriados por ano
Enquanto se reclama de excesso de feriados no Brasil, os islandeses têm apenas três, mas o primeiro dura 28 dias: é a “Festa do Meio-Inverno”, que começa em 18.01 e termina em 18.02, quando apenas os serviços funcionam e quem trabalha recebe 50% a mais porque é feriado, ora essa. Os outros dois são 17 de junho, dia da independência, e 31 de dezembro, o ano novo.
E como ninguém é de ferro, os islandeses têm dois períodos de férias por ano.
> Elfos vão à Justiça
Supersticiosos como todos os nórdicos, 62% dos islandeses creem na existência de duendes e elfos.
Como o turismo aumenta a cada ano – em 2012 1 milhão de turistas visitou o país - o Governo resolveu fazer um anel viário margeando o litoral da maior ilha, onde fica a capital, Reykjavík, mas os trabalhos foram suspensos, por ordem judicial, na semana passada.
Uma ONG local, afirmando-se representante dos elfos, peticionou a suspensão da obra até que se lhe mude o traçado, porque o atual passa por uma cidade de elfos. E mais grave: passa por cima de uma catedral élfica, e se o templo for destruído os elfos ficarão zangados.
E elfos zangados é catástrofe certa: a petição enumerou vários e comprovados casos de vinganças élficas pelo país, por terem desrespeitados os seus habitats.
O juiz, que deve fazer parte daqueles 62%, deferiu a liminar. O governo recorreu ao Tribunal de Recursos que a manteve! Agora a querela entre os elfos e o Governo está na Suprema Corte.
> Pelo sim, pelo não…
O doutor em psicanálise da Universidade de Reykjavík, Haukur Jónasson, opina que os elfos são uma “tentativa ritualística” dos islandeses protegerem o que lhes é caro e, por algum motivo atávico, embora tenham assimilado todas as tecnologias contemporâneas, mantiveram a superstição como elemento de defesa do meio ambiente.
Creio que é sensato mudar o traçado da rodovia. Eu não creio que elfos existam, mas é melhor gastar mais um pouco no projeto do que zangá-los e gastar mais para remediar o não prevenido.
Que belo país pra se viver! Vou incentivar meus rebentos a caminharem pra lá. Afinal, somos nômades no planeta terra.
ResponderExcluirFeliz da nação cujas leis são feitas de poesia...
ResponderExcluirE, ao fim e ao cabo, essa poesia ainda vai gerar muitas divisas pelo turismo que levará milhões de pessoas a ir visitar a habitação dos elfos.
Maconha?
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