Apiúna, um brasileiro de 10 mil anos

O arqueólogo húngaro-brasileiro Mihaly Bányai encontrou no Parque Estadual do Sumidouro, em Lagoa Santa, Minas Gerais, um fóssil humano que, mais uma vez, levanta a polêmica de que o Sul da América não foi originariamente povoado apenas por migrantes vindos da Sibéria, através do Estreito de Bering, há cerca de 14 mil anos.

É cientificamente comprovado, inclusive por marcações de DNA, que todos os índios do continente Sul da América descendem de melanésios e siberianos, mas a reconstrução em 3D do fóssil encontrado em Lagoa Santa (foto abaixo) pode ter o condão de reescrever esta história.

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É que Apiúna, como foi batizado o fóssil masculino, não tem os traços fenotípicos do leste asiático, mas dos africanos ou dos aborígenes australianos.

Isso evidencia, juntamente com um fóssil feminino, com as mesmas características, encontrado na mesma Lagoa Santa, em 1975, batizado de Luzia (foto abaixo), que o continente foi colonizado por mais uma raça.

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A datação do fóssil de Apiúna o dá 10 mil anos e o de Luzia 12 mil anos, mas quando os europeus aportaram por aqui encontraram apenas os índios, o que é índice de que os parentes de Apiúna e Luzia, no contexto antropológico da América do Sul, ou foram extintos ou absorvidos.

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