Prevendo que os seus principais cardeais, que se vinham mantendo na periferia da Lava Jato, viriam para o centro do bombeamento, o ex-presidente da República FHC e o atual presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG) ensaiaram o discurso que lhes serviria de álibi e ao mesmo tempo de atenuante.
FHC saiu-se com a pérola de que há “uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa 2 para campanha, daquele que obteve recurso para enriquecimento pessoal”, fala que foi repercutida por Aécio Neves.
Os dois não conseguiram o estribilho esperado, pois a opinião foi prontamente refutado como, no mínimo, dissuasiva, e no máximo cínica, todavia jamais excludente de criminalidade.
Uma das reações veio do pesquisador do IPEA, Adolfo Sachsida, em artigo do qual foi pinçada a frase que ilustra a postagem, e que abaixo de reproduz:
Com a edição da segunda Lista de Janot, já sendo vazada diariamente pela imprensa, a novidade formal, embora não fosse factual, é a presença de todo o cardinalato tucano, nas colunas, inclusive os até então intocados governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do Paraná, Beto Richa, acompanhados do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), recém alçado, por pressão do PSDB, leia-se Aécio Neves, ao ministério das Relações Exteriores, em substituição ao senador José Serra (PSDB-SP), também na Lista de Janot.
Portanto, eis demonstrada a sugestão de que o tucanato, sabendo o que fez no verão passado, já tem a tese jurídica preparada para a defesa dos seus aúlicos: dizer que os bugalhos dos seus quadros são diferentes dos bugalhos de outras lousas.
Em se tomando o artigo do Adolfo, acima embarcado, eles são mesmo diferentes: são piores.
Quem rouba, Parsifal, advogado que é, sabe que tem que arcar com as penalidades previstas pelas Leis. Não importa quem seja o ladrão. De colarinho branco, sem colarinho, político então... O político é o pior dos ladrões. Ele nos rouba estradas, hospitais decentes, escolas que preparem nossos filhos para a vida, portos que funcionem, segurança, essas coisinhas das quais eles não sentem falta, pois de burras cheias podem fazer o que lhes vier às ilustres telhas. Esse tipo de ladrão faz Leis que contemplem seus interesses, nos roubam o futuro, os sonhos e colocam a democracia sob seus ilustres bumbuns. A mim não interessa quem seja o ladrão. Que a Lei seja aplicada a todos. Claro que os tucanos são especialistas em dissimulações, é verdade. Tucano emoldura as palavras com o melhor que o nosso vernáculo lhes possa encobrir as estrepolias. Mas e o PMDB, meu caro? Soa estranho, e seu que o senhor nos brindará com as melhores pérolas do seu conhecimento jurídico, mas gostaria que a coluna falasse das aleivosias da turma da pesada que o PMDB tem sob seu manto. Sugiro que comece a partir do Pará, passando pelo Rio, Rondônia, São Paulo, Ceará, Alagoas, com essa turma, digamos assim, arteira, que o PMDB acolhe.
ResponderExcluirÉ a primeira vez que você acessa o blog? Há mais de 100 postagens falando das aleivosias do PMDB.
ExcluirO PMDB do Ceará que nem o Danilo Forte Filho aguentou, faz-me rir!
ResponderExcluirA pessoa que fez a postagem se referindo ao PMDB se esqueceu de Roraima, onde tem muito Caju.
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