A Confederal, entre 2010 e 2014, faturou dos Ministérios da Saúde, da fazenda e dos Transportes, R$ 164 milhões.
A Confederal pertence à Remmo Participações, que por sua vez pertence ao senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), atual presidente do Senado Federal.
Segundo declarou Eunício à Justiça Eleitoral em 2014, ele detém 99,99% da Remmo Participações, que além de controlar a Confederal controla a CORPVS, uma empresa de vigilância que, idem, obtém toda a sua receita do erário.
A CORPVS é quem presta os serviços de vigilância e transportes de valores às agências do Banco do Brasil no Ceará, estado natal do presidente do Senado e paga por ano R$ 78,9 milhões pelos serviços.
Em 2015, o Banco do Brasil nos estados de Goiás, Tocantins e São Paulo, pagou à Confederal R$ 52,6 milhões. A CEF e o Banco Central têm contratos com a dita cuja que somam R$ 147 milhões.
Até 2011, Eunício Oliveira, que antes de ser presidente do Senado foi três vezes deputado federal e ministro das Comunicações, era também dono da Manchester, do ramo de limpeza e serviços gerais. Entre 2007 e 2011, a Manchester faturou aproximadamente R$ 1 bilhão em contratos com a Petrobras.
Esses contratos foram alvo de denúncia ao MPF, que acusavam Eunício de ter fraudado os processos licitatórios para havê-los. O álibi apresentado foi que ele havia deixado a administração da Manchester em 1998 e, em 2011, transferiu suas cotas para os antigos sócios.
Aliás, esse é o mesmo álibi usado por Eunício Oliveira quando é questionada a sua propriedade da Remmo Participações e se ele, em sendo um político de grande envergadura na República, não pratica tráfico de influência, já que as suas empresas têm praticamente 100% da receita advinda de órgãos governamentais.
O senador responde que é apenas detentor de 99% das cotas da Remmo e há muito está fora da gerância e da administração do grupo, cumprindo a imposição constitucional de que detentores de mandato, que exerçam gerência ou administração de empresas, impedem essas de contratar com o poder público.
Quem preside a Remmo é Ricardo Lopes Augusto, sobrinho de Eunício. Ricardo Augusto foi um dos alvos da Operação Satélites, que por determinação do STF, fez ontem (21) busca e apreensão em 4 estados do Brasil.
Ao contrário do que os desavisados possam pensar, o senador Eunício Oliveira não está na mira do STF por conta dos contratos das empresas controladas pela Remmo, que ele não gerencia e nem administra.
A razão é porque o executivo da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, em delação na Lava Jato, disse ter pago R$ 2 milhões à Eunício como “suborno” para a aprovação da medida provisória 613, que tratava de incentivos tributários, aquela na qual a Odebrecht deixou de desembolsar 100 vezes mais do que diz que distribuiu de “subornos”, e Melo Filho disse que quem tratou de tudo foi exatamente o sobrinho, Ricardo Augusto.
Se assim, por suposto, foi, o dinheiro é uma droga mesmo. Um homem rico como Eunício Oliveira, dono de 99% das cotas de empresas que faturam quase R$ 800 milhões por ano, e com certeza recebendo religiosamente em dia, está exposto por conta de R$ 2 milhões.
um dos efeitos das drogas é a compulsão.
ResponderExcluirNosso Sindiporto
ResponderExcluirBoa noite a todos os associados informo que a Notícia e referente a decisão em segunda instância, sobre o processo do Ticket Alimentação.
Esse processo abrange todos os funcionários que entraram na companhia antes de abril de 2010.
E diz respeito a incorporação do valor do ticket alimentação na base de cálculo dos adicionais seja ATS, risco, horas extras, adicional noturno.
Documentos necessários para entrar com a ação os últimos 05 anos de contra cheque e assinar uma credencial no sindicato.
Maiores informações entrar em contato com o sindiporto
Quote de conversa de whatsapp de um dirigente do sindicato
"....Vamos agora que conseguimos os cargos que queriamos, tirar até o ultimo centavo da CDP...hahaha...ganhamos pelo maior salário...e o que é melhor dispensados do serviço por mais três anos..."
LAMENTÁVEL
José Silva Ribeiro
A conseguirem o voto em lista, agora o Sr. vai para Brasília. É só conseguir com seu chefe a inclusão na lista. E, como o Sr. diz que é ruim de voto, o problema está resolvido.
ResponderExcluirCerto?
Diferentemente do senador Jader Barbalho, eu sou a favor da lista fechada (já escrevi mais de um artigo sobre isso, além de uma monografia sobre o tema, que inclusive é citada pelo relator da proposta que está na Câmara).
ExcluirO financiamento exclusivamente público não tem como se consolidar se o sistema de voto nominal continuar e a lista fechada é a única forma que dá correspondência à modalidade em todos os países que adotam a prática. Onde abre a lista abre também o financiamento misto.
Mas o eleitor brasileiro tem a neurologia da personificação do poder e aqueles que sempre fizeram carreira política sobre essa rotina do sistema, principalmente os que têm origem política no poder executivo, onde o voto é obrigatoriamente nominal, não querem deixar de receber os votos pessoalmente.
Portanto, acho custoso que a lista fechada pura tenha êxito no Congresso.
Se tiver, o meu posicionamento no partido é que a primeira lista, em 2018, obedeça rigorosamente a votação obtida pelos candidatos em 2014,em ordem decrescente.
Como eu não fui candidato em 2014, se eu quiser entrar na lista, em sendo aceita a minha sugestão, e creio que será pois é o justo, não estarei em lista nenhuma, pois não fui candidato em 2014, ou entrarei nela em último lugar, depois do menos votado naquele ano,ou seja, sem chance de ir para onde quer que seja.
Pois é,li hoje um artigo ( acho que foi isso ) do seu chefe contrário ao voto em lista. Como sei que seu chefe é inteligente, creio que ele já vislumbrou que tal medida não obterá êxito. Assim, já se posicionou contra... Pela sua proposta, quem nunca recebeu voto, nunca vai está na "cabeça" da fila, ou seja, nunca será eleito- ao menos, em tese...
ResponderExcluirO Jader é contra a lista fechada desde que nasceu.
ExcluirNão, a minha tese de modelagem de organizar a lista pelo número de votos nominais obtidos é apenas para a eleição de 2018, que seria o único critério mesmos insensato.
A lista fechada pura prevê voto partidário distrital, como ocorre na Inglaterra, Alemanha, França e alguns estados dos EUA.
O partido tem que se organizar nos distritos do Estado, a serem criados, e os filiados escolhem os seus candidatos em prévias, para compor a lista final. Isto impediria o cacique regional de colocar quem ele quiser na lista.
O programa do partido idem, teria que ser seguido pelo escolhido do Distrito, pois esse poderia, caso se constate a infidelidade programática, fazer com que o Distrito destitua o ocupante da cadeira, subindo para ocupa-la o próximo da lista, pois o mandato não é da pessoa e sim do partido.