Comandando um império político auferido durante seis mandatos como presidente da Assembleia Legislativa do Rio de janeiro, o deputado Jorge Picciani (PMDB) também construiu um império financeiro ao longo do mesmo período, no qual tornou impraticável para qualquer instituição que, mesmo de forma mínima, dependa do Poder Legislativo estadual, não lhe beije a mão vez em outra.
Também no Rio de Janeiro todas as esquinas do ramo são contumazes em comentar o duvidoso caráter de alguns conselheiros da Corte de Contas do Estado, o TCE-RJ.
Ontem (29), todavia, a Operação "O Quinto do Ouro", deflagrada pela PF, golpeou de forma capital “um esquema de pagamentos de propina oriunda de dinheiro desviado de contratos com órgãos públicos para agentes do Estado”, fazendo forte banzeiro no remanso tranquilo que os alvos da operação viveram por mais de duas décadas.
Jorge Piccini, o presidente da ALERJ (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), além de ter sofrido mandado de busca e apreensão em suas faianças, foi conduzido coercitivamente para depor.
Cinco dos sete conselheiros do TCE-RJ foram presos: Aloysio Neves, presidente do TCE-RJ; Domingos Brazão, José Gomes Graciosa, Marco Antônio Alencar e José Maurício Nolasco.
As prisões decretadas são temporárias, ou seja, têm uma duração de 5 dias, podendo ser renovadas se o juízo achar conveniente para as investigações. O efeito imediato do evento é que estarão suspensas as sessões da Corte de Contas, porque seus membros estão na cadeia.
As investigações que culminaram nas prisões e buscas e apreensões não têm decorrência na Lava Jato: são fruto de delações auferidas no âmbito de uma operação local anterior, a “Operação Descontrole”, de dezembro de 2016, que investiga propinas recebidas por agentes públicos, inclusive pelo ex-presidente do TCE-RJ, para a aprovação do edital de concessão do Maracanã e em obras da linha 4 do metrô do Rio.
Mas a pagadora de propinas universal é a mesma que está em todas as folhas da Lava Jato, a Odebrecht, o que nos torna cada vez mais lícito dizer que a empresa passeava pela verve empreendedora de mãos dadas, inextricavelmente, com o crime, fazendo deste, na verdade, o segredo do seu sucesso empresarial.
Sem julgamentos morais, apenas constatação factual.
Por que será esse medo todo de julgamento moral? Será que cabe aquela máxima: "Quem tem telhado de vidro não joga pedra no do vizinho"?
ResponderExcluirNão precisa perguntar pra mim, eu adianto logo, eu não posso, também, fazer julgamentos morais.
Não tenho medo. Só não me julgo apto a fazer e sempre faço questão de deixar isso claro, pois há aqueles que entendem textos e opiniões com nuances de moralidade.
ExcluirNão julgo ninguém moralmente, primeiro por princípios científicos.
Comungo da escola filosófica de Ortega Y Gasset, de que "o homem é produto das suas circunstâncias" que nada mais é do que os princípios da negação do livre arbítrio, defendida por Arthur Schopenhauer, que é aceito por todas as escolas de direito latu sensu, que não trata da moral, mas das regras legais, e as duas não se podem confundir, pois não cabe ao Estado ser o mentor moral da nação.
Segundo, porque não sou praticamente ilibado da Ordem Franciscana Secular e nem membro claustro das Imaculadas Adoradoras Perpétuas do Coração de Jesus, ou seja, jogando a conversa no chão: não tenho moral suficiente para dar lição de moral em ninguém.
os piciane montou uma quadrilha ,pra se apoderar do dinheiro publico,cooptaram todo tipo de canalha governador,deputados uma parte do judiciario carioca e demais instituiçoes.nao e a toa que o estado do rj ta na pindaiba.
ResponderExcluirTem outra pagadora universal de propinas, Parsifal. Tem gente se borrando de medo em Brasília, pois a rádio corredor diz que a JBS tende a abrir o bico. Repito: quem fez rolo, que seja punido.
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