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Tsunami em forma de delação

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O procurador Regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, em entrevista ontem (20) ao Estadão, aguçou a curiosidade de milhões de brasileiros e dobrou a dose de tranquilizantes de outro tanto de políticos ao resumir em uma frase a delação dos quase 80 ex-executivos da Odebrecht.

Declamou Carlos Lima que as revelações das delações vão provocar um “tsunami” na política brasileira e confirmarão que a corrupção existe em todos os níveis de governo, envolvendo partidos de esquerda e direita.

Isso, obviamente, já se sabe. O que o pessoal quer mesmo são os detalhes.

Na entrevista, Lima adverte o que eu tenho dito por aqui, e alhures, desde o tempo do mensalão:

A classe política tem que perceber que a sobrevivência dela depende dela mudar seus próprios atos. Se o sistema mudar, aqueles que vierem a sobreviver ao tsunami de revelações, quem sabe encaminhe o Brasil para um País melhor.”

Leia abaixo a entrevista:

Comentários


  1. Previdência Social: um portão escancarado para fraudes que o governo federal nunca quis fechar.

    O INSS até hoje não digitalizou os dados de contribuintes anteriores a 1985. O que fizeram foi um grande banco de imagens do que outrora eram microfilmes, algo tão grande, mas tão grande, que provavelmente responda por 'milhões' de processos de revisão de aposentadorias em que diante da cansativa tarefa de caçar nomes inseridos em 'milhões' de pranchas de listas de nomes parecidos ou não, foram emitidas contagens de tempo de contribuição muito aquém do real. Pelo mesmo motivo é possível que 'milhões' de nomes tenham sido incluídos ou substituídos intencionalmente, contando com esta mesma dificuldade em se detectar o problema.

    Durante os últimos 31 anos o governo teve tempo de sobra para contratar um exército de auditores e técnicos em digitação e colocar todos os seus dados num único banco de dados e assim fechar o portão das fraudes; mas não fez. E não faz porque no Brasil político não fecha a porta da corrupção (que lhe pode ser útil), nem faz leis severas para punir corruptos (que podem lhe alcançar). Afinal tem sempre um 'costa larga' para pagar a conta no final. Hoje são os servidores públicos.

    Obs: A palavra 'milhões' foi usada diante de uma grandeza que não conheço, mas estimo ser gigantesca.

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  2. Tem que estancar a sangria. Essa Lava Jato e seus pop stars já foram longe demais. Brasil precisa crescer. Corrupção tem no mundo todo, não é jabuticaba. Vamos ver se com o Alexandre de Moraes no STF, se ponha um fim nisso.

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