O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está com tudo e não está prosa: conseguiu fazer como o Ministério Público brasileiro seja o mais caro do mundo. Se bem que as instituições nacionais sempre conseguem ser as mais caras do mundo.
Com todo mundo apertando o cinto e o presidente Temer querendo aposentadoria apenas para o finado Raul Seixas (lembrem que Seixas nasceu “há dez mil anos atrás”), o Ministério Público da União conseguiu aumentar o seu orçamento em R$ 1 bilhão e terá, em 2017, R$ 6,6 bilhões para chamar de seu.
E aí daquele que ousar criticar os bilhões: se tirar um centavo daí vai acabar a Lava Jato.
Mas o Ministério Público da União, apesar de dono do maior orçamento, é apenas uma parte do Ministério Público latu sensu, que inclui os Ministérios Públicos Estaduais.
Os Ministérios Públicos Estaduais têm despesa anual de R$ 11 bilhões. Os dois juntos, Estaduais e Federal, segundo estudo do cientista jurídico e social Luciano da Ros, da Universidade Federal do Paraná, intitulado “O custo da Justiça no Brasil”, em 2017, custarão ao contribuinte R$ 17,6 bilhões, o que vem a ser 0,3% do PIB nacional.
Em termos comparativos, o MP da Itália consome 0,09%, Portugal, 0,06%, Alemanha e Espanha, 0,02% dos respectivos PIBs, ou seja, só para começo de conversa, o Ministério Público no Brasil custa mais do que os da Itália, Portugal, Alemanha e Espanha juntos.
Ainda segundo o estudo referido, os altos salários e penduricalhos do Ministério Público, não somente dos promotores e procuradores, mas de todo o corpo funcional, contribuem para o alto custo: o procurador-geral da República tem salário de é de R$ 33,7 mil e procuradores em início de carreira recebem R$ 28,9 mil.
Esse orçamento de R$ 17,6 bilhões, segundo o estudo, serve a uma casta de 12,3 mil procuradores e promotores (2016), cujo perfil é altamente elitizado: 77% são brancos, 70% são homens, 60% de seus pais e 47% de suas mães possuem ensino superior completo.
O estudo não trata apenas do MP, mas do Poder Judiciário também, e os números do Judiciário são tão superlativos quanto: o Poder Judiciário custa 1,3% do PIB nacional.
Juntos, Poder Judiciário e MPs, custam ao Brasil R$ 87 bilhões, o quem vem a ser mais do que obras contratadas pelo governo federal, em 2016, nas áreas de Transportes, Saneamento, Habitação e Urbanização.
Para ler o estudo completo clique aqui.
Janeiro Cor de Sangue - uma campanha dos grupos de extermínio à paisana que atuam livremente no Pará.
ResponderExcluirEnquanto o inquérito policial instaurado para apurar as atrocidades cometidas contra a vida de 32 pessoas na primeira chacina do ano se arrasta feito um 'jaboti debaixo de taperebazeiro tombado', sem apontar nenhum suspeito, eis que novamente o grupo de 'defensores de policiais militares mortos' pratica nova chacina, desta vez em Abaetetuba.
A atividade destes grupos de extermínio no governo Simão Jatene já começa a dar pinta de ser um caso de 'insubordinação ás regras', ou de 'desvio de finalidade'.
Parsifal;
ResponderExcluirMe diga como o atual governo consegue se olhar no espelho, depois de caçar a presidente Dilma por ter dado duas 'pedaladas' e ter tantos integrantes chafurdados nos escândalos da construtora Odebrecht?
Ao menos temos retorno desse gasto, com um Ministério Público atuante, independente e ativo, por sua vez o Judiciário, apesar da grande demanda, consegue fazer o seu papel. Mas e o gasto que se tem com Deputados e Senadores, tantas mordomias e benesses. Qual o retorno que Suas Excelências, os parlamentares trazem à sociedade. Toda vez que o MP e o Judiciário começam a incomodar o poder dominante, surgem matérias como essa.
ResponderExcluirDr. Parsifal, sinceramente, vale a pena a democracia brasileira? Pra quem?
ResponderExcluirA democracia sempre vale todas as penas, pois a alternativa a ela é o totalitarismo que toma conta de 100% das receitas para servir ao ditador. Mas a democracia é um processo em constante aperfeiçoamento e devemos labutar todos os dias para aperfeiçoar a nossa.
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