Em 28 de junho de 1914, o arquiduque do Império Austro-Húngaro, Francisco Fernando e a sua esposa Sofia, Duquesa de Hohenberg, voltavam de carro ao palácio onde estavam hospedados em Saravejo, quando ambos foram atingidos por disparos de arma de fogo, morrendo em seguida.
O autor dos disparos foi o sérvio de 20 anos, Gavrilo Princip, ligado à organização nacionalista Mão Negra, que se contrapunha à dominação do império Austro-Húngaro na região.
O episódio é considerado o estopim da eclosão da Primeira Guerra Mundial.
Ontem (19), quando o embaixador da Rússia na Turquia, Andrei Karlov, inaugurava uma exposição de arte em Ankara, o soldado turco Mevlüt Altintas, 22 anos, assassinou-o.
Enquanto atirava, Mevlüt, dentre outros apupos, gritava:
"Não esqueçam a Síria, não esqueçam Alepo. Enquanto os habitantes não estiverem em segurança, vocês também não estarão".
Os episódios de 1914 e 2016 guardam similaridade no terrorismo como instrumento político, o que ilustra a ancianidade deste tipo de violência, mas diferem nas consequências, eis que a Rússia não vai declarar guerra à Turquia por isso.
Putin começa a pagar o preço de ter bancado e ganhado a Batalha de Alepo para al-Assad. E a dita batalha, como toda que a Rússia trava, foi de brutalidade exponencial.
Por Alepo, a Rússia, que até então se conseguia manter a uma distância regulamentar do terrorismo islâmico, começa a provar do que ele é capaz.
Não tenho dúvidas de que Mevlüt, executado minutos depois de ter assassinado Andrei Karlov, agiu por recrutamento do EI, pois raras são as chances de ele ter sido motivado pelos sunitas que se batem na Síria contra a ditadura alauíta de Assad.
E já que é possível ao EI recrutar soldados até nos EUA, é de se esperar que a praga se alastre pela Rússia, a fim de minar os interesses do Kremlin a nível local e alhures, pois que longe está o dia em que o EI estará debelado, já que as batalhas que se fazem contra o seu autoproclamado califa al-Baghdadi, são mais para preservar interesses geopolíticos e econômicos dos eixos transnacionais do que para conter as suas maluquices.
Ankara é só o começo de uma nova frente. Mas não se deve esperar bons modos de Putin e é aí que mora o perigo, não da deflagração de um conflito global, mas do recrudescimento das liças eternas pelo Oriente Médio.
Parsifal;
ResponderExcluirFoi um gesto muito grande para este jovem. A grandeza do martírio existe, e é tanta, que Pedro temeu ser comparado ao Mestre, suplicando aos seus algozes por uma crucifixão de ponta cabeça.
A propósito, Yasser Arafat (a quem você dedica uma menção especial neste blog) foi uma personagem que tinha tudo para se dar bem na vida como profissional liberal, mas que renunciou tudo em favor da causa palestina, enfrentando adversários tão poderosos quanto a Rússia de Putin. O mundo precisa dessas pessoas para que se compreenda o sentido da palavra justiça.
Anônimo das 22:19 está de brincadeira?
ExcluirParsifal;
ResponderExcluirO Michel temer está reeditando um 'proer' para as teles... quanta pilantragem! Quanto cinismo! Depois dizem que o déficit da previdência vai quebrar o país, ao mesmo tempo que renunciam bens, multas e outros valores que somados dariam para cobrir todos os custos por mais de um ano.
Estou enojado ao extremo com a política.
É o que ensina a lei muçulmana: matar os infiéis. Não existe a polaridade moderados e extremistas. O islã todo é do mal.
ResponderExcluirParsifal Pontes05/12/16 14:04
ResponderExcluir"Assinei hoje a chamada à vaga aberta pelo falecimento referido". Presidente, quando o SR mandara nomear o 01 colocado:TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO I - POLO BELEM
1 003749-MARCELO WILLIAM COSTA TAPPEMBECK no lugar do sr olivio palheta ex tec.seg.trabalho da companhia docas do pará que faleceu a um mês atrás
ou terá que ingressar com uma ação junto ao trt8 pra fazer valer a lei.