Quando, por volta de 2h da madrugada de hoje eu vi que Trump batia Hillary nos chamados estados pêndulos, que costumam definir as eleições presidenciais nos EUA, e até em estados tradicionalmente democratas, como o Wisconsin, onde mesmo os republicanos apontavam a vitória de Hillary, não tive mais dúvidas de que Trump seria eleito.
Batendo todas as perspectivas apontadas por analistas políticos experimentados, Trump amanheceu com 289 dos 270 delegados necessários para se sagrar presidente dos EUA, contra 218 delegados conquistados por Clinton.
Trump é a vitória da América conservadora que estava adormecida e, devido ao forte patrulhamento censitário que sofria, não se manifestava abertamente e, na undécima hora, resolveu falar nas urnas.
Trump também reflete uma onda mundial de derrota do establishment político, pois que derrotou a política tradicional como um outsider no qual poucos apostavam, inclusive os próprios republicanos estabelecidos no tecido partidário, o que é sinal de que as bases da atual política mundial precisam mudar para sobreviver.
Se o candidato Trump não foi um mero personagem criado pelo empresário para a campanha, o presidente Trump terá uma agenda isolacionista e xenófoba, o que, aliás, é uma tendência mundial, haja vista a vitória do Brexit no Reino Unido e o expressivo crescimento da representante da ultradireita francesa, Marine Le Pen.
Mas ainda é cedo para fazer quaisquer prognósticos sobre o que virá a ser a agenda Trump, pois, via de regra, não se esquecendo de que Trump é uma exceção, os candidatos eleitos guinam para o centro na hora de governar.
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