No futuro do presente

A partir do primeiro dia de setembro, os usuários da Uber, na cidade de Pittsburgh, no estado americano da Pensilvânia, poderão, ao chamar um veículo do sistema, ver chegar até eles um automóvel sem motorista.

Em Pittsburgh, será a primeira experiência do tipo, com carros autônomos, no mundo. A inciativa é da Uber e da Volvo, que passaram um ano em testes, com o carro circulando oito horas por dia, para que o software aprendesse a se locomover na malha urbana da cidade.

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A Tesla foi a primeira a comercializar veículos autônomos no mundo e a Uber se valeu de parte dessa tecnologia para desenvolver a inteligência embarcada no Volvo, acrescida de manejo remoto, ou seja, o passageiro insere no aplicativo do seu celular o local da partida e o do destino e o veículo, via web, programa a rota, vai buscar o passageiro e o deixa no destino. Essa inteligência já está madura nos programas espaciais e, infelizmente na indústria bélica.

Mas embora o Volvo da Uber seja 100% autônomo, o termo “sem motorista”, ainda será uma força de expressão: haverá um motorista no carro, que, todavia, só agirá caso seja necessário e um simples toque no volante passará o comando automática e imediatamente a ele.

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Segundo o CEO da Uber, Travis Kalanick, 60% do custo da atividade são pagamentos aos motoristas, portanto, quando a frota for autônoma, as tarifas deverão cair nessa proporção.

Em um futuro próximo, avaliado pelos otimistas em 5 anos, os carros autônomos estarão maduros o suficiente para se buscar legislação que autorize esses veículos a circularem, de fato, sem motoristas, e, segundo o Mr. Kalanick, onde for possível, a Uber labutará para cadastrar apenas veículos autônomos, até ter 100% da sua frota nessa modalidade.

Os motoristas de táxis, que hoje apedrejam os carros da Uber, deveriam parar de ajuntar pedras e usar a inteligência para se adaptarem ao tempo, buscando transformarem-se em algo igualmente funcional, ou desaparecerão, eis que o usuário sempre optará pelo menor custo e maior benefício.

Mas eu ainda aposto que o futuro do transporte será o estado de arte do transporte coletivo, pois essa é a única forma de dotar as cidades de mobilidade digna, porque a mobilidade é mesmo um direito natural do ser humano, que tem na sua essência e na sua própria necessidade de provimento, deslocar-se.

Confesso que ainda não avalio a que distância está esse futuro, e tenho consciência de que não o verei, mas isso não significa que ele não está a caminho, a passos largos, de um presente cada vez mais pronto.

Comentários

  1. se o sofware for tão bom como o windows e o javascript, esses carros causarão uma carnificina.

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    1. O Windows jamais embarcará softwares que precisem resolver algorítimos complexos. Além disto, embora a Microsoft, e alhures, o chamem de sistema, insisto que ele é uma interface. O Java, embora seja definido como uma linguagem, não passa de um intérprete.
      Por isso, ambos jamais poderão estar embarcados em sistemas de execução complexos, que precisem simular AI.

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