Desde a Dama de Ferro, Margaret Thatcher, que deixou o cargo em 1990, o Reino Unido não tinha uma mulher como premier.
O jejum de quase 26 anos foi quebrado ontem quando sua majestade, Elizabeth II, aceitou a renúncia de David Cameron e confirmou Theresa May, do Partido Conservador, como primeira-ministra do Reino. Ela é a segunda mulher a assumir a chefia do governo desde que o parlamentarismo se instituiu no Reino.
A confirmação do trono é protocolar, pois a rainha não tem a prerrogativa de exonerar ou nomear primeiros-ministros, mas o rito é indispensável. O trono não pode recusar a renúncia do chefe de governo, pois que é um ato unilateral de vontade, mas embora não tenha ocorrido desde 1708, em tese o trono pode não confirmar ao cargo a indicação de um primeiro-ministro, e nesse caso o Parlamento teria que “recomendar” outro nome ao trono.
Assim como Thatcher, May vem de uma família de classe média-baixa: seu pai era um vigário anglicano do remoto sul da Inglaterra e as suas duas avós trabalharam como empregadas domésticas.
É bacharelada em geografia por Oxford e antes de conquistar o seu primeiro mandato na Câmara dos Comuns, trabalhou por seis anos como bancária do Banco da Inglaterra.
May entra para história como a segunda mulher a assumir o cargo de premier do Reino Unido e como a primeira mulher a ter sido eleita presidente do tradicionalíssimo Partido Conservador da Inglaterra, o que ocorreu em 2002.
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