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Folha de S. Paulo: “Filho de governador do Pará fornece combustível à PM do Estado”

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A Folha de S. Paulo publicou hoje (20), no seu caderno Poder, a tão falada venda de combustível às frotas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, pelo empresário Alberto Jatene, que vem a ser o filho do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB).

Abaixo um fac-símile da matéria:

“O filho do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), é sócio de dois postos de gasolina que fornecem combustível para as frotas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado.

Uma das unidades de Alberto Jatene, conhecido como Beto, é o Auto Posto Verdão, que foi o que mais vendeu para a PM do Pará entre janeiro de 2012 e outubro de 2014, somando R$ 5,02 milhões no período.

Esse número corresponde a 9% do consumo global de combustível da PM paraense em quase três anos, que foi de R$ 55 milhões.

Outro posto pertencente ao filho do governador, o Girassol, arrecadou, a partir de 2013, R$ 52,9 mil com abastecimento de carros da PM, segundo inquérito civil a que a Folha teve acesso.

Em 2014, durante a disputa pelo governo estadual, o Ministério Público instaurou inquérito para apurar acusações feitas por adversários de Jatene que afirmavam que o tucano, então candidato à reeleição, beneficiava o filho.

O governo afirma, no entanto, que os postos de Beto não prestam serviço direto para o governo do Pará, já que o abastecimento das frotas do Estado é gerenciado por uma distribuidora.

Apesar do argumento, o promotor de Justiça Militar, Armando Brasil Teixeira, e o procurador Nelson Pereira Medrado propuseram, em maio deste ano, uma ação civil pública de improbidade administrativa contra Jatene e seu filho, além da secretária de Administração do Pará, Alice Viana.

A peça pede ressarcimento do dano, perda de função pública e suspensão de direitos políticos dos envolvidos.

Com base no inquérito, a ação se estende ainda à Distribuidora Equador de Produtos de Petróleo, a responsável pela venda de combustível ao governo.

O fornecimento é feito com uso de um cartão magnético do governo usado pelo motorista, chamado "Petrocard".

A mesma matéria publicou nota na qual o governador Simão Jatene (PSDB-PA), afirma que "não existe qualquer irregularidade, privilégio ou direcionamento" e que "não há contratação de nenhum posto de combustível pelo Estado", já que houve "a contratação de uma empresa responsável pelo sistema de gerenciamento do abastecimento da frota".

Da mesma forma, Beto Jatene desqualifica a ação, afirmando que "nunca participou de licitação nem como pessoa jurídica e nem como pessoa física."

É claro que está presente no caso uma espécie de terceirização do direcionamento e o uso da influência do pai para alavancar o credenciamento do filho e as desculpas de ambos são meras coloquialidades para mascarar uma evidente irregularidade, que, antes que não a fossem se constitui em uma enorme imoralidade.

Mas os tucanos têm essa peculiaridade de mudar de moral tal qual modelos mudam de roupa entre as idas às passarelas: rápida e convenientemente.

Comentários

  1. Minha pergunta é : De onde veio a grana para pagar a compra de tais postos?

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    1. nao precisa comprar um posto, basta arrenda-lo...

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  2. Papéis Podres II:

    Não era bem uma explicação do tipo de negócio entre governo e arrematadores que eu tratava no comentário anterior; que basicamente é realizado com um enorme deságio para o primeiro e um pequeno (grande) ganho percentual para os demais. O fato chama atenção, como sempre nesta terra que um dia foi chamada de 'Vera Cruz', para possíveis desonestidades que estejam ocorrendo da parte dos envolvidos nesta empreitada contra o público-alvo da cobrança.

    A CAIXA por exemplo, que ora paga anúncio em horário nobre da TV todos os dias e emoldura a sua página inicial de internet com o mesmo assunto: negociação de dívidas - quando é procurada pelo cliente para tratar deste assunto, dá a este um código alfa numérico que sabidamente não vai aparecer na tela do painel de senha eletrônica ??? Na agência ..., a subgerente diz que este tipo de atendimento: diferenciar se a cobrança decorre de papel podre previamente leiloado ou de um documento do próprio banco, que já atingiu a maioridade (e do qual nunca ninguém ouviu falar) que teria sido repassado para uma empresa terceirizada de cobranças; só é feito por agendamento e confirmação no dia pelo telefone (experimenta), e assim mesmo fora do horário bancário, que para ela vai das 9:30 as 10:00 ou das 16:30 as 17:00 hs.

    Tem um cheirinho de coisa podre mesmo!

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  3. deixe de dor de cotovelo secretario sem pasta,seu guri perdeu as eleiçoes.isso e materia requentada ,porque voce nao fala das propinas que seu chefe senador, recebeu da usina belo monte.aguarde 2018 pra tentar de novo, quem sabe?

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    Respostas
    1. Aí está a mais perfeita tradução da moral tucana: você.

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  4. MCB;

    Jatene está apenas colocando o seu na galeria dos 'jovens e reveladores talentos' empresariais, termo um dia usado por Hélio Gueiros para se referir ao seu engenheiro naval, aos Maiorana filhos, etc, mas que também se aplica ao Marcelo gabriel, ao Barbalinho, e agora ao Jateninho.

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  5. Se o Ministerio Publico fiscalizar como são efetuados os abastecimentos das VTRs DA PMPA. Porque os referidos cartões não ficam nas VTRs e as VTRs que estão imprestaveis para o serviço não são descaregadas.Será preciso construir um novo Anastácio das Neves para abrigar novos internos!

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