O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, preso desde 19.06.2015 na carceragem da PF de Curitiba (PR), foi flagrado ao enviar um bilhete à empresa ordenando destruição de provas.
A PF tem a prerrogativa de abrir a correspondência dos seus custodiados para verificar se a comunicação coloca em risco a produção de provas ou o andamento do procedimento.
No bilhete, Marcelo Odebrecht, além de outras orientações, escreveu “destruir e-mail sondas”. Segundo a PF, o termo se deve referir a e-mails trocados entre funcionários da Odebrecht, que versavam sobre superfaturar um contrato de afretamento e operação de sondas com a Petrobras, que constitui uma das evidências para o indiciamento de Marcelo Odebrecht.
Abaixo o bilhete (parece que ele é médico). A parte referida está contornada:
A prisão deixa qualquer um atarantado, mas Marcelo deve ter perdido o tento, pois não é possível que o presidente da maior empreiteira do Brasil e um dos maiores grupos empresariais do mundo, cujo faturamento global em 2014 foi de R$ 107 bilhões, cometesse algo tão lúdico.
Primeiro porque ele poderia dar essa orientação aos seus advogados, pois o advogado tem a prerrogativa de conversar reservadamente com o cliente preso.
Segundo porque Marcelo deveria saber que a PF, muito provavelmente quebrou o sigilo telemático até da copeira da empresa e foi a violação legal do sigilo um dos elementos que proporcionou a sua atual estadia no cárcere.
Os advogados de Marcelo declararam à PF que “as anotações não continham o mais remoto comando para que provas fossem destruídas, e que – à toda evidência – a palavra destruir fora empregada no sentido de desconstituir, rebater, infirmar a interpretação equivocada que foi feita sobre o conteúdo do e-mail”.
Lembrando os velhos tempos de estudos da língua portuguesa, pelos justos honorários que os advogados do Marcelo recebem, eles deveriam ter elaborado melhor essa oração coordenada sindética explicativa do bilhete, pois para todos os que o leram a oração continua sendo coordenada assindética.
Vamos fazer o teste da "navalha de Occam", atenção PF e juiz Moro não vou retalhar ninguem é apenas um jogo de lógica, o que é mais provavel: 1 Um empresário dono de uma das maiores empreiteiras do país acompanha desde o ano passado a PF conduzir uma investigação que atinge em cheiro o seu ramo de atuação, assiste politicos, operadores e colegas empresário sendo presos um a um, porém só depois de ele mesmo tambem ser preso é que resolver solicitar em um bilhete que certamente seria interceptado que seus subordinados destruam provas contra sua pessoa. 2 Depois de meses de espetáculo midiático, vazamentos seletivos no "limite da irresponsabilidade", prisões arbitrárias e práticas que um ministro do STF qualificou como medievais, a PF parte para cima do maior empresário do setor, ao contrário do fim da república como foi noticiado a empresa reage no mesmo palco onde a operação Lava Jato se esbaldava, outras empresas começam o contra ataque, desesperada para manter a "chama acesa" a PF produz um novo vazamento seletivo para mobilizar a sociedade na cruzada moralista.
ResponderExcluirDeve ser uma piada de primeiro de abril atrasado não é?
ResponderExcluirQuer dizer que o presidente da maior empreiteira do país, preso pela PF, entregaria nas mãos de um policial um bilhete com informações que o incriminariam. Deve ser o executivo mais incompetente do mundo empresarial.
Isso. O réu, preso, iria enviar um bilhete, que certamente seria lido pelos agentes, mandando destruir provas. E as provas, no caso da interpretação da PF, referem-se a um e-mail já apreendido. Como os advogados poderiam fazer isso? Quem sabe, contratando o agente Ethan Hunt para mais uma Missão Impossível, invadindo secretamente a sede da PF e eliminando a tal prova.
ResponderExcluirAcho que melhor do que isso, só se ele escrevesse "EU SOU CULPADO".
Óbvio que "destruir" nesse caso tem o sentido de confrontas, desacreditar, demolir, a suposta prova, no caso, o tal e-mail.
A não ser que possamos assumir que o presidente de uma das maiores construtoras do mundo seria o irmão gêmeo desaparecido do Deby ou do Loid.
A PF tem cópias. Os arquivos dos e-mails continuam nos servidores da empresa. Marcelo deve ter imaginado que, por serem de 2011, a PF ainda não os teria, pois não foram objeto de busca e apreensão. Ocorre que a quebra de sigilo telemático não necessita de busca e apreensão e sim de autorização de interceptação.
ExcluirMas convenha deputado, como que ele iria destruir e-mails que já estão de posse da Polícia Federal?
ResponderExcluirOs e-mails são arquivos virtuais. A PF tem cópias do que está no HD da empresa ou na nuvem onde ela arquiva. Não adiantaria apagar mesmo, mas talvez ela tenha pensando que a PF não os tinha interceptado ainda, o que é uma bobagem, pois ela os rastreia há dois anos.
Excluirnão estou enxergando a parte contornada.
ResponderExcluirEstá contornada em vermelho, na metade inferior do bilhete. Tem que baixar a barra lateral à direita para ver talvez.
Excluirpara acabar com isso e so arrumar um papel nas novelas da globo pro juiz , ele adora um holofote
ResponderExcluirE o Mestre Parsifal tentando fazer a gente acreditar que que o Limão Lava Jato não dava mais caldo. SQN.
ResponderExcluirNão acredito que você acredita que a PF já não tem todas as provas que precisa para condenar todo mundo que já foi indiciado e ainda será. Os e-mails sobre o superfaturamento das sondas que o Marcelo queria apagar está com cópia na PF desde o ano passado e a quebra do sigilo telemático da empresa foi exatamente o que substanciou a prisão do seu presidente. Caldo deu muito e o que ainda não foi publicado está na geladeira, mas até o bagaço do limão já foi jogado fora .
ExcluirSei não...está mais parecendo que estava ensinando o caminho das pedras à polícia federal...tipo: ei, vocês esqueceram de ver em tal lugar...
ResponderExcluire o recados aos "cumpanheiros": eu não falei nada...a PF é que interceptou meu bilhete.