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Reclamando da gravata (Hermès) apertada

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O meritíssimo choro rolou ontem (18), após a cerimônia de abertura da 2ª Jornada de Direito da Saúde no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Na ocasião, idem, Sua Excelência deitou elogios ao plano de cargos e salários dos servidores do Poder Judiciário:

"É um plano orgânico, sistêmico, que permite não apenas a recuperação das perdas salariais dos servidores, mas permite também uma melhor gestão desse imenso número de servidores em prol de uma prestação jurisdicional mais ágil, mais pronta".

O ministro Lewandowski chora do alto da sua cumeeira, que é de R$ 33,7 mil em 2015. Como eu sempre digo, salário sempre é pouco para quem recebe e muito para quem paga.

Já os professores, que também precisam pagar o supermercado, sem eira e nem beira, choram pelo piso, que está quase de chão batido.

E enquanto o ministro é notícia referente com manchetes limpas e convenientemente imparciais, os professores são tábua de tiro ao alvo nas suas manifestações.

Como canta o Caetano, em “Fora de Ordem”,

“Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas possíveis sem juízo final
Alguma coisa está fora da ordem
Fora da nova ordem mundial...”

Comentários

  1. Tá de brincadeira!

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  2. Parsifal;

    Onde se lê 'supermercado... produtos', leia-se 'o apartamento de luxo na Ocean Drive... depois do aumento do dólar'.

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  3. Parece brincadeira mas não é, o país acabou mesmo!
    Esperar o que de LULA, DILMA, ZÉ DIRCEU, RENAN, CUNHA e etc....
    Lucro na Petrobras, é brincadeira?
    Financiar obras em outros países? Pra quê? Pra roubar mias, claro!
    Arrogantes imbecis, eles ou nós?
    Democracia aonde, que país é esse?
    Tchau pra que fica.

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  4. "Farinha pouca, meu pirão primeiro". A maioria dos servidores públicos busca uma melhor remuneração, sempre. Esses senhores que recebem o teto do funcionalismo público Brasileiro, engordam seus vencimentos com palestras, aulas, livros e, talvez, algum tipo de assessoria pouco republicana. Em sua maioria "negociam" para suas esposas e filhos vagas em Tribunais, a exemplo da Sr. Fachin. Incabível ver o Presidente do STF ligando para Senadores (alguns dizem quase ameaçando veladamente) pedindo voto para o candidato Fachin. Que interesse esse senhor tem na nomeação do outro, engordar a bancada do PT?

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  5. As duas classes mais previlegiadas do nosso Brasil são a classe politica e a judiciaria. Uma vergonha!

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