Embora o ministro da Justiça se vista de humildade ao prolatar que a aprovação do nome de Luiz Fachin para o STF, ocorrida ontem (19), não foi uma vitória do governo, para não subtender que foi uma derrota do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), é fato que o grande derrotado no episódio foi o dito cujo.
Calheiros errou a mão ao tentar impor uma derrota ao governo em uma votação que não envolvia apenas um interesse de governo, mas uma questão de Estado, e foi o peso específico maior desse ponto que fez com que a maioria da oposição, e o próprio PMDB, abandonassem Calheiros no chapadão da sua presbiopia eventual.
Mas o pior para o presidente do Senado não é a derrota imposta pela sua própria Casa, mas o que lhe poderá ser servido frio, pelo ministro que ele tentou barrar: Luiz Fachin receberá do atual presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o processo no qual Renan Calheiros é acusado por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
O juízo emitido pelo STF é plural e não dependerá apenas de Fachin a sorte de Calheiros em um futuro que ainda não se vislumbra com que letras virá em um horizonte cuja linha é indefinida, mas pelo mero talvez quem sabe, é bom Calheiros deixar a barba crescer e mergulhá-la no vinha d’alho para o caso do anzol lhe querer ferir nas voltas.
Palavras do seu amigo Renan Calheiros: "agi com isenção, imparcialidade, neutro..." Certamente, Fachin, como bom civilista, usará o princípio da reciprocidade. V. Excelência, concorda?
ResponderExcluirPlenamente.
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