A Páscoa, do grego Πάσχα, recepcionado pelo latim como “Pascha”, significa festa, celebração, alegria, júbilo.
Embora aos cristãos a Páscoa seja a festa religiosa que celebra a ressurreição de Jesus , o termo, para outros povos, se relaciona à festas pagãs: na época pré-mosaica, celebrava a primavera dos pastores nômades e os hebreus a celebram em memória do Êxodo.
Segundo a mitologia grega, Sísifo, rei de Corinto, foi levado por Hermes ao Inferno, onde foi condenado ao suplício de rolar uma rocha até o cimo de um monte, donde ela despencava, devendo Sísifo recomeçar o trabalho de levá-la novamente ao cume, para toda a eternidade.
Prometeu, um dos titãs, roubou o fogo do Olimpo e ensinou os mortais a empregá-lo. Zeus castigou Prometeu acorrentando-o no Cáucaso, onde um abutre lhe devorava o fígado durante o dia, que se refazia à noite, para que ao raiar do novo dia tudo recomeçasse.
Para nós, passou-se muito tempo desde a ressurreição de Jesus, mas o que não vemos é que Ele ressuscita diariamente, em momentos e ocasiões que o cotidiano não nos deixa perceber.
E por que Jesus ressuscita todos os dias? Porque nós, todos os dias, O crucificamos, repetindo-se no cristianismo a sina de Sísifo e Prometeu: os sísifos somos nós a levar o Cristo ao Calvário, sempre que deixamos que a intolerância, o preconceito e o desamor nos consuma; o Prometeu é Jesus, a Quem nós crucificamos com aquelas imperfeições, mas sempre ressuscitando na Sua eterna e amorosa Páscoa.
A ressurreição significa a insistência do ser humano em ser bom, tolerante e amoroso, porque assim ele foi concebido.
A Páscoa, portanto, deve ser a lembrança do que somos na essência: "E criou Deus o homem à sua imagem".
Feliz Páscoa!
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