Em outubro de 2014, na efervescência da campanha presidencial, a Folha de S. Paulo noticiou o vazamento de um depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, no qual ele, por suposto, afirmava ter pagado R$ 10 milhões para o então presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, já falecido, para que esse ajudasse a esvaziar a CPI da Petrobras no Congresso, em 2010.
Na ocasião, o PSDB publicou nota opinando que o vazamento era uma manobra eleitoreira do PT.
Na quinta-feira (19), a suposição se tornou afirmação, com a divulgação das gravações, feitas pela Procuradoria Geral da República, das delações de Costa, onde ele afirma que Sérgio Guerra pediu "uma recompensa" para ajudar a esvaziar a dita CPI.
Costa dá detalhes: Guerra lhe pediu os R$ 10 milhões em uma reunião da qual participou o atual deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e a propina foi paga pelo empresário lldefonso Colares, da Queiroz Galvão.
Ontem (20), foi a vez do senador Aécio Neves voltar ao palco - e aí vai ficando meio bizarro o fato de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não ter incluído Aécio na sua lista. Publicou-se a gravação na qual o doleiro Alberto Youssef, em um dos seus depoimentos, fala que Neves recebia propina, juntamente com o deputado José Janene (PP-PR), falecido em 2010, advinda do esquema de corrupção em Furnas.
Delatou Youssef que, de 1994 a 2001, “o PP e o PSDB eram responsáveis por diretorias na empresa Furnas e o então deputado federal Aécio Neves recebia recursos por meio de sua irmã, Andreia Neves”.
Por conta dessa delação, deputados petistas peticionaram ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que fosse aberta investigação contra o senador Aécio Neves.
Janot justificou a não inclusão de Aécio na sua lista porque, em primeiro lugar, a lista era especificamente sobre os esquemas da Petrobras e depois porque Youssef apenas “cita vagamente” o senador. Delinquências e citações, para Janot, então, só valem se for na Petrobras.
Por fim, a Setal Engenharia, cumprindo acordo de leniência com o Cade, afirmou que “as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato operam cartel para participar de licitações da Petrobras desde o final dos anos 1990”, quando FHC - que rebatendo a presidente Dilma Rousseff afirmou que a corrupção na Petrobras “é um bebê, não senhora idosa” - era o presidente da República.
Tucano é uma ave de bico grande mas torto. Tem as penas bonitas mas não chega à perfeição. Não engana tão bem como gostaria. Kkkkkkkk
ResponderExcluirYoussef e Aécio: o silêncio que grita da mídia brasileira
ResponderExcluir20 de março de 2015 | 10:48 Autor: Fernando Brito
A única ditadura que existe, mesmo, no Brasil, é a da mídia.
Estamos em tempo de ruas cheias, fervor cívico, indignação popular contra a corrupção, não é?
O que diz Alberto Youssef, o ladrão que virou oráculo da verdade é o bastante para demolir reputações, prender, quase para linchar alguns.
Alguns, mas não a outros.
Os grandes jornais fizeram silêncio quase absoluto diante do vídeo em que ele expõe a informação que Aécio dividia com o PP as “mesadas” de uma diretoria de Furnas.
Um ou outro, discretamente, fala num “ouviu dizer”, “suposto”, “alega” e outros melindres que jamais se fez em relação a qualquer outro.
Um vago “sabiam” em relação a Lula e Dilma deu capa da Veja na véspera das eleições.
O “Aécio levava US$ 100 mil por mês” dá notinhas evasivas.
E olhem que não é um “vazamento”, não é o trecho de um documento, mas um vídeo, com toda a sua carga chocante.
Mesmo interrogado por um promotor que, além de “trocar” diversas vezes no nome de José Janene por José Gen0íno – ah, o que vai na alma de nossos promotores! – não se preocupa em perguntar que diretoria, em que negócios, e outras informações objetivas, o vídeo é mais que notícia, seria manchete em qualquer país onde houvesse uma imprensa livre e independente.
Afinal, é um candidato presidencial, “dono” de 51 milhões de votos, que é diretamente acusado de receber propinas.
Vejam bem: não doações para a campanha eleitoral, mas “mesada”!
Mais, de uma empresa que tinha em seu Conselho de Administração ninguém menos que o pai de Aécio, Aécio Ferreira da Cunha, que ficou lá no Governo Fernando Henrique Cardoso e nos primeiros anos do governo Lula!
Isso não merece sequer investigação, não é, Dr. Janot?
Não precisa mais censor.
O seu direito de saber dos fatos, agora, está completamente vinculado a que seja da conveniência do cartel da mídia.
Ou de que você os procure em matérias pequenas, no meio do texto ou em referências esparsas.
Não se trata mais de “parcialidade”.
É silêncio.
Se alguém quer saber como é que uma ditadura encobre a corrupção, olhe para o que está acontecendo.
Parsifal. Voces tentam e tentam tirar o foco da roubalheira do PT.
ResponderExcluirDas duas uma... ou "TODOS os políticos são iguais na corrupçao" ou você apenas segue a cartilha dos PTralhas que tentam dizer que Aécio e PSDB são tão culpados como Dilma, Lula e aliados nesta roubalheira.
Mas esquecem vocês que nem TODOS os cidadãos são bobos, tolos ou massa de manobra. As manifestações Brasil a fora que o digam..
Talvez não todos, mas você com certeza é!
ExcluirKkkkkkk gostei
Excluirviva Dilma. 2018 lula