A BlackBerry, que resfolega para se manter no mercado de celulares, sofreu um duro golpe: a Pfizer, maior farmacêutica do mundo, decidiu abandonar a plataforma por “temer que a BB possa ir à falência ou interromper seus serviços”.
Pesou na decisão o fato do bilionário Prem Watsa, que já detém 10% das ações da BB, ter desistido de pagar US$ 4,7 bilhões pelos 90%. O mercado entendeu a desistência como um mal sinal.
> Perda de mercado
Tanto a Gartner quanto a Juniper, empresas de consultoria e pesquisa, atestaram a desastrosa perda de clientes da BB nos últimos três anos: em 2010 foram vendidos 48 milhões de aparelhos; até o 3° semestre de 2013 foram vendidos apenas 11 milhões, pois o Z10, última aposta para reaquecer as vendas foi um fiasco monumental.
A BB reagiu tarde ao iOS e ao Android: aquele já detém 20,9% do mercado e esse ostenta 69,7%. O Windows Phone fica com 3,3%, mas tem a gigante Microsoft segurando as pontas; a BB amarga 2,7% do mercado e está sozinha no mormaço. Os 3,4% restantes ainda pertencem a sistemas pré smartphones.
> Fôlego
A BB postou em seu blog, em 13.11, que “tem força financeira para o longo prazo", e afirma que está "confiante de que se reconstruirá”.
Tenho minhas dúvidas, pois não creio ser possível a uma empresa do porte da BB conseguir retomar competitividade partindo de apenas 2,7% do mercado de celulares: ela terá que se reinventar e não somente se reposicionar.
A charge acima, publicada no The Guardian, é do cartunista Kipper Williams. Eu traduzi as legendas.,
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