A possibilidade de intervenção militar na Síria estabeleceu um debate entre as elites guerreiras e o cidadão coloquial norte-americano. Aquelas fomentam guerras para vender armas, esses foram levados a acreditar na doutrina moral de defender o cidadão global.
Como o cidadão comum não avalizou a intervenção, Obama decidiu passar a bola para o Congresso, mas esperou. Al-Assad tinha ultrapassado a linha vermelha ao usar armas químicas, mas ele que continuasse matando enquanto o Congresso gozava férias.
> Estupidez dialética
Reflitamos sobre a tal linha vermelha. Quer dizer que al-Assad pode explodir sírios à vontade, mas com gases venenosos é pênalti?
É uma lógica estúpida essa: 100 mil sírios já morreram na guerra, mas quando 1.400 morreram por uso de gases, eis a linha vermelha! E para que al-Assad recuasse, os EUA cairiam sobre eles, matando mais uns tantos, mas com bombas convencionais, of course.
> Vermelho sobre vermelho
Thomas Friedman, em seu artigo semanal no “Times” traduziu bem essa estranha idiossincrasia: “Eu e outras pessoas apresentamos razões pelas quais devemos retraçar essa linha vermelha, mas muitos americanos parecem pensar que o que estamos fazendo é traçando uma linha vermelha numa poça de sangue. Quem notaria?”
> Putin, o iluminado
Enquanto os EUA ruminavam a ambivalência, Putin imaginava uma saída que, principalmente, o colocasse na mesa como um líder multinacional, o que lustraria a sua popularidade doméstica.
E achou: já que a linha vermelha era o uso de armas químicas, a entrega, pela Síria, do seu arsenal gasoso, faria os EUA manterem os revolveres nos coldres.
Putin ligou para al-Assad e ofereceu-lhe duas opções: ou Damasco entregava o seu arsenal químico ou a Rússia lavaria as mãos. Al-Assad, claro, aceitou a primeira. Putin fez outra ligação: já que a linha do camarada Obama era o arsenal químico de al-Assad, esse o entregaria. Obama não tinha como recusar: foi vítima da linha que desenhou.
Pronto: Damasco que mate mais 100 mil, mas com granadas ou o que os valha. Com gás sarin, nem um cidadão sequer.
> Mera imaginação
O ser humano não existe. Tudo não passa de mera elucubração da fértil imaginação do Surfista Prateado, enquanto ele, literalmente, viaja pelo Universo sideral.
Parabéns, Parsifal. Vale lembrar que conflitos tribais, a fome e condições mínimas de saneamento matam mundo a fora, especialmente na África e esses senhores pouco ou quase nada fazem. Em pleno Século XXI crianças morrem de fome e diarreia e quem nos governa faz de conta que o problema não é deles. Aí um louco invade o Iraque sob o pretexto de destruir armas químicas que não existiam, os caras vendem armas, drenam o petróleo e fica-se à espreita de nova oportunidade. Hipocrisia pura.
ResponderExcluirEu acrescentaria ganância e estupidez puras.
ExcluirDeputado, um artista gráfico paraense, Benedito Nascimento ou Joe Bennett, desenha para a Marvel. Veja no Correio Brasiliense:
ResponderExcluirDesenhista paraense Joe Bennett empresta seu traço para Marvel e DC
Atualmente, ele trabalha na recriação de personagens das editoras
Márcia Carvalho
Publicação: 30/07/2013 09:39 Atualização:
A carreira de Joe Bennett como desenhista começou na Press Editora, na época, o artista tinha 22 anos
Num estúdio montado dentro de casa, num bairro da periferia de Belém, tomam forma alguns dos principais personagens de HQs que povoam o imaginário da milhares de pessoas ao redor do mundo. Pelas mãos do desenhista paraense Joe Bennett já passaram Super-Homem, Incrível Hulk, Homem-Aranha e muitos outros super-heróis. Depois de 10 anos na Marvel e mais oito anos na DC Comics, ele agora empresta seu traço para as duas editoras simultaneamente, desenvolvendo projetos que serão lançados nos próximos meses.
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Para a editora Marvel, Bennett está desenhando uma nova série do Iron Man, o Homem de Ferro, personagem interpretado nos cinemas pelo ator Robert Downey Jr. e com lançamento previsto para agosto. Já a DC Comics encomendou ao desenhista uma história especial do Super-Homem, com 30 páginas, mas em formato digital, com lançamento até setembro. Joe Bennett explica que trabalhar como free lancer é mais vantajoso e permite que ele se divida entre projetos de editoras concorrentes. “Posso trabalhar numa boa”, diz ele, que tem uma rotina comum, apesar de respirar um universo povoado por seres fantásticos. “Acordo às 8h, começo a desenhar, paro para o almoço, retorno às 14h e sigo desenhando até as 20h. Depois vou assistir a televisão”, conta.
Ótima informação. Vale uma postagem. Onrigado.
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