Matéria da “VEJA” dessa semana reporta que o ex-presidente Lula destacou o seu mais próximo assessor, Paulo Okamotto, que hoje preside o “Instituto Lula”, para a missão de manter sob controle o empresário Marcos Valério, denunciado como um dos principais operadores do mensalão.
A imprensa já passeou pela tese de que Valério estaria chantageando Lula a usar a sua influência para lhe impedir um desfecho trágico (prisão) no julgamento.
> Ameaça de acordo com o Ministério Público
A “VEJA” afirma que, em maio, Valério “fez chegar à cúpula do PT que estava decidido a procurar o Ministério Público para revelar detalhes de suas conversas com Lula em Brasília.”.
> Quem pariu Mateus que o embale
Procurado pela revista, Paulo Okamotto admite ter encontrado com Marcos Valério, mas nega qualquer tipo de chantagem, relatando que as conversas se resumiram à cobrança de uma dívida de R$ 55 milhões que o PT tem com ele.
Ao ser indagado qual a origem da dívida que o PT tem com Valério (o empresário cobra a dívida judicialmente) Paulo Okamotto espanou a resposta do colo: “Marcos Valério tinha relação com o partido, ele fez coisas com o partido. Eu nunca acompanhei isso. Então, quem pariu Mateus que o embale, né, meu querido?”.
> Ficção científica
O jornalista Ney Rubens, da equipe de reportagem do “Terra”, abordou Marcos Valério, ontem (23), em Belo Horizonte, enquanto ele caminhava nos arredores do seu escritório.
Questionado sobre a matéria de “veja”, ele respondeu que tudo não passa de “ficção científica” e arrematou: "Eu não tenho nenhum confidente em Brasília, principalmente lá, onde não vou há anos. (...) Eu nunca fiz ameaça a ninguém".
Foto: Ney Rubens/Especial para Terra
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