A “Revolução dos Cravos” (abril de 1974) perpetrada pelos militares portugueses com a ajuda da sociedade civil, deu fim à ditadura de Salazar, implantada em 1933 em Portugal.
Mário Soares, preso e exilado pelo salazarismo desde 1960, beijou o solo de Lisboa três dias depois que os cravos romperam, em 28.04.1974: assumiu a liderança civil do movimento e a chefia do governo pós-revolução.
> Um revolucionário da democracia portuguesa
Acompanhei, como admirador, a carreira gloriosa do professor Soares: ele fundou o Partido Socialista (até hoje a segunda maior força política de Portugal), chegou ao belo Palácio de Belém (sede da presidência da República Portuguesa) e foi por duas vezes premiê.
No outono dos seus 88 anos, Soares negou-se a participar das comemorações oficiais dos 38 anos da “Revolução dos Cravos” e sugere que um novo levante está por vir na terra do Fado.
Alega que Portugal “perdeu a soberania” e está somente preocupado com austeridade “sobretudo olhando para números e para o dinheiro, descuidando, ignorando completamente as pessoas.”
Clique aqui e leia uma pequena entrevista concedida por Soares para “O Globo”.
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